Por Bruna de Pieri, Terça Livre
Foi apresentado na segunda-feira (17) pelo Vaticano o “Instrumentum laboris”, documento que irá auxiliar os Bispos e participantes do Sínodo da Amazônia, que ocorrerá entre os dias 6 e 27 de outubro deste ano.
Sob pretexto de discutir novas e mais “acolhedoras” formas de evangelização dos povos da Amazônia, o sínodo traz à tona, de forma sutil, e camuflada da necessidade de atender às áreas mais “remotas” das comunidades amazônicas, uma velha e conhecida ideia da Teologia da Libertação: a ordenação sacerdotal de homens casados.
A sugestão está no parágrafo nº 129 do Instrumentum laboris, que sugere novos ministérios para responder de modo mais eficaz às necessidades dos povos amazônicos:
“Afirmando que o celibato é uma dádiva para a Igreja, pede-se que, para as áreas mais remotas da região, se estude a possibilidade da ordenação sacerdotal de pessoas idosas, de preferência indígenas, respeitadas e reconhecidas por sua comunidade, mesmo que já tenham uma família constituída e estável, com a finalidade de assegurar os Sacramentos que acompanhem e sustentem a vida cristã”. (129, a, 2).
Ainda no parágrafo de novos ministérios, também é levantado o papel da mulher na Igreja. Esperava-se que fosse sugerida a ordenação de mulheres, mas o Instrumentum Laboris não deixa clara uma função ministerial específica e diz ser necessário “identificar o tipo de ministério oficial que pode ser conferido à mulher, tendo em consideração o papel central que hoje ela desempenha na Igreja amazônica”.(129, a, 3). Não seria a “deixa” perfeita para sugerir a ordenação feminina?
O Sínodo da Amazônia parece esquecer (ou ignorar) os vários concílios católicos que apresentam as motivações pelas quais os sacerdotes precisam ser celibatários.
A proibição ao casamento, procriação ou relações conjugais a sacerdotes é proibida em diversos documentos, como: Concílio de Elvira; Concílio de Niceia; Concílio de Latrão e, o mais recente, Concílio Vaticano II: “Recomendando o celibato eclesiástico, este sagrado Concílio de forma nenhuma deseja mudar a disciplina contrária, legitimamente vigente nas Igrejas orientais, e exorta amorosamente a todos os que receberam o presbiterado já no matrimônio, a que, perseverando na sua santa vocação, continuem a dispensar generosa e plenamente a sua vida pelo rebanho que lhes foi confiado”.
Não bastasse a ideia de ordenar homens casados, que já é grave por si só, o documento também quer mudanças na liturgia das missas, para que o santo sacrifício de Cristo no altar seja “mais festivo”: “Sugere-se que as celebrações sejam festivas, com suas próprias músicas e danças, em línguas e com trajes originários, em comunhão com a natureza e com a comunidade. Uma liturgia que corresponda à sua própria cultura, para poder ser fonte e ápice de sua vida cristã, e ligada às suas lutas, sofrimentos e alegrias” (126, a).
O Sínodo da Amazônia é mais uma das tentativas de perverter as tradições e a doutrina da igreja, tendo como pretexto os pobres e injustiçados.
Finalizo com uma reflexão do Bruno Braga sobre o assunto: “O Sínodo da Amazônia vem para tentar o que alguns já apontavam: abrir as portas e introduzir já certas mudanças significativas, na esperança de uma ‘revolução’ ainda maior no futuro. Os índios são apenas um pretexto. Trata-se de um verdadeiro atentado ‘progressista’ contra a Santa Igreja Católica”.
Fontes:
NOTA.Bruno Braga.O Vaticano apresentou ao público hoje, 17 de junho, o "Instrumentum laboris", o documento que irá…
Bruno Braga စာစုတင်ရာတွင် အသုံးပြုမှု ၂၀၁၉၊ ဇွန် ၁၇၊ တနင်္လာနေ့
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