Polícial argentina amamenta bebê ferido na cabeça por um garfo: ‘Eu dei o peito para ele e ele adormeceu’

Bebê pôde se alimentar e dormir graças à compaixão de uma policial que não hesitou em ir além de sua profissão

10/12/2021 16:23 Atualizado: 10/12/2021 16:23

Por Romina Garcia 

Um bebê argentino que sofreu um episódio traumático de violência familiar causando-lhe um traumatismo craniano, pôde se alimentar e dormir graças à compaixão de uma policial que não hesitou em ir além de sua profissão e fazer a coisa certa.

O bebê de oito meses, natural da província de Córdoba, na Argentina, foi atacado por seu tio com um garfo causando-lhe um ferimento na cabeça, fato pelo qual sua mãe também está envolvida, segundo o La Voz.

Yamile Mitlacher, a policial que chegou ao local para atender o menor após o episódio violento, percebeu que o menino estava em grande sofrimento.

“Desde o primeiro momento percebi que ele estava incomodado, inquieto e que precisava mamar”, afirmou a policial.

Imagem ilustrativa (seeeehundhund)
Imagem ilustrativa (seeeehundhund)

Mitlacher, mãe de três filhos, um deles ainda em amamentação, não hesitou em amamentar o bebê.

“Eu sou sincera com você, quando eu dei de mamar a ele eu chorei, porque ele se confortou de um jeito e eu fiquei com um nó na garganta. Ele não queria mais me soltar”, relatou Mitlacher.

A policial explicou que a mãe do bebê não tem permissão para vê-lo e o pequeno não mama no peito há cinco dias, e quando a enfermeira lhe ofereceu leite, o menino não quis bebê-lo.

Após vomitar o iogurte e o mingau que tentaram dar a ele, a policial, que atua já há cinco anos, reagiu com o “instinto maternal“, como declarou à TV El Doce.

“Minha alma quebrou, dei-lhe o meu seio e ele adormeceu. Quatro vezes mamou de meu peito”, acrescentou.

“Ele precisa da mãe, mas enquanto eles me requisitarem eu voltarei, eu não me importo. Eu vou abraçar ele e ele vai me abraçar”, declarou Mitlacher ao La Voz.

A policial explicou que, embora as mulheres policiais não tenham o dever de amamentar os bebês judicializados, elas o fazem porque “às vezes a polícia até auxilia no parto. Não faz parte do serviço, mas eu queria fazer e não me importava se me requisitavam”, esclareceu a agente.

Imagem ilustrativa (alfcermed / Pixabay)
Imagem ilustrativa (alfcermed / Pixabay)

No entanto, seu chefe nada mais fez do que parabenizá-la porque isso “não acontece há muito tempo, é um caso excepcional”, relatou Mitlacher.

A oficial afirmou que a história tornou-se viral graças à foto que uma funcionária a tirou da entidade responsável pela causa – a Secretaria da Criança, do Adolescente e da Família (SeNAF) – na época em que ela amamentava o bebê e sem ela perceber, com a esperança de que Mitlacher possa cuidar da criança até que a justiça ordene a restituição à sua mãe.

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