A Alemanha quer adquirir os meios legais para examinar de perto as ofertas das empresas da China para adquirir empresas alemãs e europeias e assim proteger melhor suas tecnologias, disse um ministro alemão ao jornal Welt am Sonntag.
Matthias Machnig, secretário de Estado do Ministério da Economia da Alemanha, disse que era urgente que fossem adotadas até o final deste ano as medidas europeias propostas para policiar o aumento do investimento chinês.
“É essencial que tenhamos leis mais duras na União Europeia este ano para resistir às fantasias de aquisição ou saídas de tecnologia ou capacitação”, disse ele numa entrevista, cujos trechos foram disponibilizados no sábado, 27 de janeiro.
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A reportagem citou um estudo do Instituto de Pesquisa Econômica de Colônia que mostrou que o volume de investimentos chineses conhecidos na Alemanha aumentou para 12,1 bilhões de euros (US$ 15,03 bilhões) em 2017, de cerca de 11 bilhões de euros no ano anterior, e apenas 100 milhões de euros sete anos atrás.
Preocupações semelhantes têm crescido em toda a Europa com a onda de compras da China no continente, com os investidores abocanhando empresas muitas vezes icônicas, de modo que muitos temem o perigo que isso representaria para a posição da Europa como uma economia de alto valor.
“Em relação às empresas inovadoras, a União Europeia é atraente para muitos em todo o mundo”, disse Machnig. “As aquisições estão se tornando mais frequentes, muitas vezes em condições que distorcem o mercado.”
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