Kathy Ma, 53, é uma consultora contábil que vive em São Francisco. Ela é uma mãe solteira que sofreu severamente de depressão e intensos desejos suicidas por mais de uma década. Esta é a história de como ela se recuperou para viver uma vida nova e gratificante
“Eu pensei que me matar fosse a única opção para mim”
Foi depois que meu marido me deixou por outra mulher que eu comecei a ter ataques intensos de depressão extrema. Por nenhuma razão óbvia, de repente eu sentia uma turbulência interior que me deixava agitada e depois ficava extremamente irritadiça. Eu queria chorar histericamente e tinha um forte desejo de me suicidar.
Em momentos como esses, meus pais me amarravam com uma corda para me impedir de pegar uma faca ou saltar da janela. Em situações graves, desmaiei, fiquei consciente, e depois desmaiei novamente.
Depois de cada episódio depressivo, eu ficava calma e voltava ao normal por alguns dias, mas outra crise ocorria, trazendo com isso tribulações e caos.
Eu estava grávida de cinco meses, quando meu marido me deixou. Eu me tornei mãe solteira e dependia de meus pais para me ajudar a cuidar do meu filho. Eu estava sozinha, envergonhada e cronicamente deprimida. Eu sempre sentia que queria me suicidar e pensei que me matar fosse a única opção que restava para mim.
Meu filho foi afetado, inclusive quando ele estava no meu útero. Desde que era um bebe, ele não emitia sons. Nós pensávamos que ele era mudo, entretanto, os médicos disseram que suas cordas vocais estavam bem, mas ele tinha retardo na fala ou não estava disposto a falar. Depois que ele começou a ir na escola, aos 6 anos, ele começou a falar, mas muito pouco. Ele também parecia muito deprimido.
Quando eu tinha um ataque de depressão, meus pais tentavam manter meu filho em outro quarto, mas ele podia me ouvir e, toda vez, ficava realmente assustado. Uma vez, ele chorou de tristeza e disse: “Mãe, não me abandone, me leve com você”. Em lágrimas, meus pais me disseram: “Você acha que é você a miserável? Olhe para o seu filho! Ele é mais sofrido do que você. Como você pode fazer isso com ele?”
Ao ouvir isso, senti-me imensamente culpada e pensei: “Pobre menino, simplesmente morra comigo”.
As crises de depressão ocorreram cerca de uma vez por semana, durante um total de 12 anos. Custou-nos muito dinheiro ir atrás de uma solução em psicólogos e em outros profissionais médicos, mas nada parecia ajudar.
Como eu era cristã, fui à igreja e juntei-me à reuniões periódicas, as quais ajudaram um pouco. No entanto, o desejo de me matar sempre voltava. A turbulência tão perturbadora de minha família continuava.
“Comecei a sentir esperança no meu coração”
Em 1997, um amigo me apresentou o Falun Dafa*. Falun Dafa (também chamado de Falun Gong) é uma prática de cultivo tradicional, transmitida da antiga China, que consiste em ensinamentos, meditação e exercícios suaves.
Depois de assistir a série de palestras em vídeo do Sr. Li Hongzhi, fundador da prática, notei que o cisto sob meu braço direito, que havia estado lá desde minha infância, desapareceu. Esse cisto tinha me incomodado todos esses anos e, quando estava inflamado, todo meu braço ficava dolorido e eu nem conseguiria escrever.
Apesar desse acontecimento deveras milagroso, recusei-me a acreditar no poder do Falun Dafa e considerei o desaparecimento do cisto uma mera coincidência.
Em 1999, meu amigo me convidou para participar de um grupo de estudo do Falun Dafa. Quando chegamos lá, eles estavam lendo o tópico “Perda e ganho”, do Zhuan Falun – livro que contém os principais ensinamentos do Falun Dafa. Depois de ler essa seção, de repente percebi a relação entre ganhar e perder. “Isso está explicado claramente”, pensei comigo mesma. De volta para casa, comecei a ler o livro sozinha e terminei em alguns dias.
Embora eu fosse cristã, não entendia muitas coisas ensinadas na Bíblia. Por exemplo, por que o homem é feito de barro? Quando alguém recebe um tapa no rosto, por que ele deveria “virar a outra face”? Depois de ler o Zhuan Falun, todas as minhas perguntas foram respondidas. Comecei a entender muitas coisas. Eu me mantive lendo o livro continuamente.
Foi então que a perseguição contra os praticantes do Falun Dafa foi iniciada na China pelo Partido Comunista Chinês. Devido à experiência da nossa família em campanhas de perseguição anteriores, realizadas pelo regime comunista, meus pais tiveram muito medo – embora agora estejam vivendo nos Estados Unidos – então, eles se opuseram a que eu praticasse o Falun Dafa. Eles ameaçaram não cuidar mais do meu filho se eu insistisse em continuar com a prática.
Eu não havia aprendido os exercícios até aquele momento, mas, apesar das objeções dos meus pais, eu não parei de ler o Zhuan Falun. Eu fui à internet e li todas as outras publicações do Falun Gong. Minha mãe ficou surpresa ao ver que eu estava lendo muito, já que eu nunca gostei de ler quando era jovem.
Ao ler os ensinamentos do Falun Dafa e me esforçando para viver com base neles, eu gradualmente melhorei e minha depressão ocorreu com menos frequência. As crises passaram a ocorrer uma vez por semana; depois, uma vez por mês e, depois, uma vez a cada vários meses. Comecei a sentir esperança no meu coração.
Mas esse sofrimento em particular ainda não havia acabado.
Nunca esquecerei quando o último ataque de depressão me abalou e fui novamente arrastada para essa histeria dolorosa e irracional. Meus pais não sabiam o que fazer e, de repente, pensaram nas palestras do Falun Dafa que eu andava escutando. Eles começaram a passar as palestras e, instantaneamente, eu me acalmei.
Os ensinamentos sobre o suicídio ser como matar e, portanto, ir contra os princípios corretos do Falun Dafa, vieram à minha mente. De repente, tornei-me muito lúcida e percebi que todos esses pensamentos suicidas não eram realmente meus pensamentos, mas vieram de alguma entidade malvada fora de mim. Eu sabia claramente que não queria esses pensamentos, ao mesmo tempo em que os rejeitava e confiava plenamente no Falun Dafa. Surpreendentemente, com isso, fiquei livre dos impulsos suicidas e não os tive mais desde então. Doze anos de depressão agonizante haviam desaparecido; nunca mais voltaram.
Meu filho começou a aprender o Falun Dafa comigo e também se beneficiou muito. Em maio de 2006, ambos participamos de um desfile da Banda Tianguo, composta inteiramente por praticantes do Falun Dafa. Mais tarde, naquele mês, membros da banda se reuniram para uma festa e perceberam a mudança em meu filho: “Olhe para o seu filho, ele está sorrindo”, disse um deles. “Ele nunca costumava sorrir”. Meu filho sorriu pela primeira vez depois de tantos anos.
Ao ver as mudanças em mim e no meu filho, meus pais começaram a aceitar que praticássemos o Falun Dafa. E não foi apenas isso: eles ficaram tão espantados com o poder mágico da prática que, em 2008, eles mesmos começaram a praticar o Falun Dafa.
Nossa casa está repleta de sorrisos agora.
*Nota do editor:
O Falun Dafa é uma prática de cultivo da mente e do corpo, que ensina verdade, benevolência e tolerância como forma de melhorar a saúde, o caráter moral e alcançar a sabedoria espiritual.
Para mais informações sobre a prática ou para baixar o “Zhuan Falun”, visite: falundafa.org Todos os livros, áudios dos exercícios, materiais e instruções estão disponíveis gratuitamente.
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