Por SWNS
Uma mãe que foi forçada a dar seu bebê recém-nascido para adoção o encontrou morando na Austrália 66 anos depois.
Issy Carr, de 86 anos, de Bentham, em North Yorkshire, Inglaterra, se separou de seu filho ainda bebê, George, agora Keith, em 1955, quando ela tinha apenas 20 anos.
Muitas vezes, ao longo das décadas, ela pensava em seu filho há muito perdido, mas foi só no dia de Natal de 2018, quando alguém sugeriu o rastreamento de ancestrais, que sua busca começou. Sua amostra de DNA combinou com uma mulher de 43 anos chamada Kym em Perth, Austrália; Kym estava procurando por seu pai.
Testes posteriores revelaram uma compatibilidade de 99,59 por cento e que Kym era neta biológica de Issy e que George a teve quando era jovem depois de se mudar para o exterior, mas nunca a conheceu. Issy também soube que ela tinha dois bisnetos.
“Acontece que meu filho, aos 15 anos, emigrou para a Austrália com sua família, conheceu alguém, mas se separou”, relatou Issy.
A dupla, com a ajuda da sobrinha de Issy, Angela Bowskill e a parente Janet Staveley, lançaram uma busca nas redes sociais por George com as informações que tinham: seu nome de nascimento, data de nascimento e um possível sobrenome. Seguiu-se a uma busca laboriosa nos registros da biblioteca, que revelaram o sobrenome “Garrahy” e um endereço.
Descobriu-se que George foi criado a apenas 10 milhas de Issy e se mudou para a Austrália com sua família adotiva, aos 15 anos.
Em maio, Kym foi até a casa com o marido e perguntou ao homem sua data de nascimento antes de dizer: “eu sou sua filha”.
Poucos dias depois, Issy viu seu filho pela primeira vez em 66 anos em uma ligação emotiva pelo Zoom. O trio mãe-filho-neta passaram os últimos dois meses conversando e se conhecendo.
“Descobri que todos temos muito em comum e um senso de humor semelhante”, afirmou Issy. “Keith é a minha cara e sua filha é linda. Ela tem até uma gata chamada Bonnie, assim como eu”.
Issy, que ainda dirige um pequeno parque de caravanas em North Yorkshire aos 86 anos, deu à luz George em uma clínica no dia 13 de junho de 1955.
Refletindo sobre o passado, Issy disse que amou seu filho “imediatamente” e deu-lhe o nome George, mas uma enfermeira a disse que ela “não deveria vê-lo ou abraçá-lo”.
“Ele foi levado às pressas e nunca mais o vi”, relatou Issy. “Minha mãe me disse que eu logo o esqueceria, mas nunca o fiz e diversas vezes tentei descobrir para onde ele teria ido, mas sempre falhei. Eu nunca perdoei meus pais, quaisquer fossem seus motivos”.
Após a ordem de colocá-lo para adoção, ela trabalhou longas horas na fazenda de seus pais antes de conhecer John Makinson Carr, com quem se casou em 1962. Issy e John não tiveram filhos, mas tiveram um casamento feliz antes de sua morte em 1991.
Após a segunda perda trágica em sua vida, os pensamentos de Issy mais uma vez se voltaram para seu filho há muito perdido, enquanto ela se perguntava onde ele estaria e se ele estava bem. Não foi até este ano, após uma investigação de sua sobrinha e a prima de sua sobrinha, que se estendeu por todo o mundo, que George foi encontrado.
“Além do mais, descobri que quando ele foi adotado foi criado em Kirkby Lonsdale, bem debaixo do meu nariz”, contou Issy.
Issy disse que nunca vai superar o trauma de ser forçada a entregar seu filho.
“Foi muito cruel, mas não havia nada que eu pudesse fazer”, afirmou Issy. “Isso me fez uma pessoa forte e acabei encontrando em John um bom homem, mas havia uma grande parte da minha vida faltando e foi o ‘não saber’ que era o mais difícil de suportar”.
Kym disse que ela e o pai ficaram entusiasmados ao saber de sua extensa família na Inglaterra.
“Ele disse que estava muito feliz por ter uma boa família agora e estava muito feliz por ter encontrado sua mãe”, declarou Kym. “Estive até na lua para encontrar a minha avó, foi tão inesperado. E sinto muita alegria por ter mais familiares na Inglaterra. Mal posso esperar para conhecer a todos”.
“Eu estava tão animada e nervosa para conhecer meu pai, mas não tinha nada com que me preocupar. E ajudar minha avó Issy a encontrar seu filho foi a melhor sensação de todos os tempos”.
“Meu pai e eu mal podemos esperar para viajar à Inglaterra quando as restrições da COVID acabarem”.
A equipe do Epoch Times contribuiu para esta reportagem.
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