Fóssil de dinossauro incrivelmente bem preservado é descoberto no Canadá

19/10/2018 Sublime

A maioria dos fósseis de dinossauros não possui nada além de ossos e fragmentos de restos mortais, deixando os cientistas especularem como esses animais provavelmente se pareciam a milhões e milhões de anos atrás.

Isso torna a descoberta do trabalhador da construção civil Shawn Funk ainda mais impressionante.

Funk, que estava trabalhando em seu país natal, o Canadá, em 2011, descobriu um fóssil de borealopelta, um dinossauro de 110 milhões de anos classificado mais amplamente como um anquilossauro.

A parte verdadeiramente impressionante da descoberta é que não foram apenas os ossos dos dinossauros que foram encontrados. Na verdade, a estrutura do esqueleto não é visível – porque a carne e a pele do dinossauro ainda estão completamente intactas (embora fossilizadas), e ainda têm alguma pigmentação revelando aos cientistas como o dinossauro se parecia enquanto vivo!

Restos fossilizados, com tecido presente, de uma borealopelta em exposição no museu Royal Tyrrell em Drumheller, Alberta, Canadá (© Wikimedia Commons)
Restos fossilizados, com tecido presente, de uma borealopelta em exposição no museu Royal Tyrrell em Drumheller, Alberta, Canadá (© Wikimedia Commons)

Possuindo um corpo largo e baixo, uma armadura em forma de escamas cobrindo as costas e uma cauda espinhosa, a borealopelta tinha cerca de 6 metros de comprimento da cabeça à cauda e pesava 1,5 toneladas ou aproximadamente o peso de um elefante jovem.

Funk estava escavando no subsolo no norte de Alberta quando percebeu que a escavadeira que ele estava usando tinha atingido uma textura diferente no solo.

Sabendo o quão rica em fósseis a área poderia ser, Funk deixou seu supervisor saber o que ele havia encontrado e, em pouco tempo, eles receberam a ajuda do Royal Tyrrell Museum para auxiliar na escavação.

A área que estava sendo cavada já esteve submersa e provavelmente a borealopelta não sabia nadar. Não está claro como, exatamente, esse fóssil perfeitamente preservado foi parar no fundo do oceano, mas o palpite é que, de alguma forma, ele se afogou e acabou coberto por sedimentos antes que qualquer tubarão pré-histórico ou outros predadores pudessem chegar ao cadáver. Com o tempo, ele permaneceu preso sob as rochas, impecavelmente preservado até que Funk e sua equipe o encontraram.

A descoberta só foi divulgada ao público recentemente porque o museu forneceu limitados recursos, escavando a rocha lentamente em torno do dinossauro, de modo que demoraram mais de cinco anos para ele fosse finalmente desenterrado.

A descoberta, no entanto, é absolutamente inestimável. “Isso realmente nos ajuda a visualizar como esses dinossauros estranhos poderiam parecer enquanto vivos”, disse Victoria Arbor, do Royal Ontario Museum, em Toronto.


Cientistas descobrem restos do maior animal que já caminhou na Terra