Por Geeta Nangia
Mulher de 79 anos com histórico de vício compartilha como perceber que Deus a ama mudou o rumo de sua vida e levou ela a servir aos outros. Atualmente, ela respira com o auxílio de oxigênio e tem passado os dias fazendo peças de crochê para desabrigados e mulheres na cadeia.
Crochetando na poltrona reclinável, um lindo cachecol cresce no colo de Lucena Heivly. A idosa, há anos, sofre de doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) – uma doença inflamatória que obstrui o fluxo de ar. Ela diz que a doença veio de muitos anos fumando quando era jovem.
Entretanto, apesar de ter passado por maus bocados, inclusive aguentando problemas de saúde, Heivy dividiu com o Epoch Times que o senso de humor é um “dom” que a ajudou. Seus risos contagiam.
Os cachecóis coloridos que preenchem a cesta perto da poltrona são feitos com muito esmero e carinho, para ajudar os desabrigados a se manterem quentes nos gélidos invernos da Pensilvânia. Ela guarda cada um em uma sacola, junto com uma mensagem para a pessoa que vai receber. A mensagem diz que Deus cuida deles e que há esperança.
Antes de sua respiração piorar, Heivly costumava visitar as feiras locais para conversar e encorajar as pessoas. Ela também visitou prisões femininas para dividir sua história pessoalmente. Ela dava apoio às detentas, dizendo que não estavam sozinhas; que Deus as conhece e ama.
Presa em casa por causa de sua inflamação pulmonar e da COVID, ela ainda quer que as mulheres saibam que não foram esquecidas e que não importa quantas coisas erradas fizeram, o perdão e a graça divinas não vão faltar.
Essas mulheres, e muitas outras pessoas que Heavily sentiu o chamado de servir, frequentemente lidam com trauma, vergonha, culpa e o sentimento de não valer nada. Muitas se meteram em encrenca e agora tem dificuldade em sentir que tem qualquer valor, para qualquer coisa. Heivly sente que sua vocação é falar que é exatamente o contrário: “Jesus ama elas. Porque ele ama elas, eu amo elas”, ela disse.
“Podia ter sido eu”
Para Heivly, essa é uma missão pessoal. Ela é uma sobrevivente de trauma infantil, e entrou em muitos relacionamentos que não eram saudáveis quando adulta, tentando desesperadamente ser aceita e se sentir próxima de alguém. Começou a beber com 16 anos. Falando das mulheres que conheceu nas visitas à prisão, ela comenta que sabia como era se sentir rejeitada e excluída, andando por um caminho muito destrutivo.
“Podia ter sido eu, mas pela graça de Deus não foi.”
Com quase 30 anos, Heivly entrou em um programa de recuperação em 28 dias. Depois que ela saiu, fizeram uma reunião para discutir para onde ela iria. Durante a reunião, pensaram que ela seria a primeira a voltar a beber. Ela admite que foi uma batalha. Entretanto, foi aí que percebeu que ela não estava no controle. Deus estava.
Heivly lembra de ter uma mentora carinhosa, mas muito rígida, que queria que ela assumisse responsabilidade pelo que fez: “ela me falou o que eu precisava ouvir, não o que queria ouvir”.
Isso teve um efeito profundo na vida de Heivly. Em 1978, Haivly teve seu último drink, e se manteve sóbria desde então. Mais tarde, começou a aprender sobre ter uma relação pessoal com Deus, mas tinha medo que jamais seria perdoada pelas coisas com as quais ela se envolveu.
Olhando pra trás, ela disse que só queria sentir que ela tinha alguma importância. Com o passado, sentiu que estava “além de redenção”. Não conseguia conceber que Deus veria qualquer coisa de valor nela. Em um ponto, ela estava buscando pessoas que pudessem ajudar, e uma mulher na igreja disse que ela era uma “abominação diante dos olhos de Deus”.
Quando chegou ao fundo do poço, pensou que estava abaixo de qualquer graça, e que suas ações a tinham tornada indigna de amor. Até a igreja, ela pensava, a tinha rejeitado.
Encontrando luz na escuridão
Destruída por seu passado, Heivly tinha chegado ao fim, e quis desistir de sua vida. Ela tomou a decisão de ir à terapia, sua última opção. Aquela terapeuta fez algo extraordinário e incomum. Pediu que Heivly ficasse de pé na cadeira. Então a terapeuta colocou as mãos nos ombros de Heivly e disse: “Eu peço o seu perdão pelo que a igreja fez com você, e eu peço seu perdão, como uma irmã em Cristo, em nome deles”.
A terapeuta também falou para Heivly que nada poderia impedi-la de receber o amor de Deus. Naquele momento, Heivly desmoronou e começou a chorar. Ela nunca pensou que alguém diria isso para ela. Foi nesse ponto que a sua vida começou a mudar.
Através da terapia e outros tratamentos para depressão, ela começou a se curar do seu passado, e percebeu o amor de Deus e o propósito na sua vida. Ela passou a tomar decisões melhores e queria honrar Deus em todas as coisas.
“Quando eu era mais jovem, minha mãe me falou que eu não ia fazer nada de bom”, disse Heivly. “Agora eu sei que não é verdade. Deus fez muitas coisas boas para comigo, ele me redimiu”.
Vendo as dificuldades pela ótica de esperança e gratidão
Quando questionada como ela começou a ver a vida e as dificuldades que apareceram desde que entrou em recuperação, ela parou de fumar em 1993 e encarou DPOC e asma, o que a deixou parada em casa, Helvey disse: Eu tenho DPOC porque eu fumei por vários anos… então eu estou pagando o preço. Tem consequências pelo que nós fazemos de errado. Mas isso não quer dizer que Deus não nos perdoa, a sua graça é suficiente”.
Grata a Deus, ela disse: “todo dia eu acordo e digo, ‘bom dia, Deus’. Eu agradeço a ele por cada dia que tenho. Alguns dias são piores que outros, e então eu agradeço a ele por oxigênio. Eu penso na magnitude de Deus, até as criaturas pequenas que ele fez, junto com tudo à nossa volta. Você não pode abrir seus olhos e não ver Ele em todas as coisas à sua volta. Quando eu vejo essas coisas lindas, eu digo a Deus: ‘seu pôr do sol é lindo. Os retratos que você pinta são impressionantes. Como você provém!”
Heivly disse que, passando por todos os desafios e dificuldades da vida, ela supera elas com a esperança em Deus.
“Somos só viajantes nessa vida”, ela disse. “Pertencemos para com Deus. Vamos viajando até chegar no céu”.
“Não importa pelo que passamos, não importa o que vamos passar. Quando Deus está com você, ele está com você.”
Os braços de Deus são compridos o suficiente
Sendo uma testemunha de sua salvação, Heivly disse que ela precisa dividir o amor de Deus com os outros e dizer para eles que não há nada tão quebrado que esteja além do seu concerto.
Ela passou muitos anos indo de encontro às detentas que não recebiam nenhuma visita, e de encontro a pessoas que sentem que foram esquecidas, para dizer que elas não estão sozinhas e que Deus está com elas não importa onde elas estão na vida
“Eu digo para eles que os braços de Deus são longos o bastante para alcançá-los, não importa o quão fundo eles pensarem que caíram.”
Para aqueles que estão considerando suicídio, como um dia ela considerou, sentindo que não há nenhuma razão para vivier, Heivly oferece um conselho.
“Eu quero que as pessoas saibam que não importa o quão ruim a infância delas foi, não importa o que está acontecendo com elas agora, e não importa o que elas fizeram. Há esperança porque Deus as ama”.
Entre para nosso canal do Telegram
Assista também: