Colombianos protestam pela primeira vez contra o governo de Petro

Por Agência de Notícias
26/09/2022 17:51 Atualizado: 26/09/2022 17:51

Milhares de pessoas foram às ruas das principais cidades da Colômbia nesta segunda-feira para protestar contra as reformas econômicas e políticas do presidente Gustavo Petro, naquela que é a primeira manifestação contra seu governo desde que assumiu em 7 de agosto.

Em Bogotá, as pessoas se concentraram principalmente no Parque Nacional e na Praça e Monumento aos Caídos. A maioria carregava bandeiras colombianas e usava camisetas brancas.

A chamada “Grande Marcha Nacional” tem concentrações programadas em “mais de 20 cidades do país e também em várias cidades de Estados Unidos, México, Panamá e Suíça”, segundo disse à Agência Efe o arquiteto Pierre Onzaga, um dos organizadores da mobilização, que já anunciou uma segunda jornada de protestos para o dia 24 de outubro.

Por sua parte, o ministro do Interior da Colômbia, Alfonso Prada, afirmou que o governo Petro respeita o protesto e que “a ordem pública será mantida pacificamente”.

“A oposição convocou para hoje uma jornada nacional de protesto. Este governo respeitará o direito de todos os cidadãos ao protesto social. Expressões de desacordo serão sempre bem-vindas e ouvidas”, escreveu Prada no Twitter.

Onzaga explicou que o protesto se deve ao fato de as pessoas entenderem que a reforma tributária proposta pelo governo afetará os mais pobres.

Esta iniciativa, apresentada já em agosto pelo ministro das Finanças, José Antonio Ocampo, pretende angariar 25 trilhões de pesos por ano (cerca de R$ 30 bilhões), uma quantia necessária, segundo o governo, para reduzir a dívida social.

“Eles disseram ao país que esta reforma era para os 4.000 colombianos mais ricos, mas parece ser para 48 milhões de colombianos”, comentou Onzaga, que lembrou que foi um dos organizadores de uma marcha que em 2008 mobilizou milhões de pessoas na Colômbia em protesto contra ações dos guerrilheiros das Farc.

As manifestações de hoje também foram organizadas contra os projetos da reforma trabalhista, que o governo apresentará no próximo ano, e do código eleitoral, entre outros.

A reforma desse código, segundo Onzaga, implicará na criação de um “mega órgão” que terá o poder de cancelar qualquer partido político “arbitrariamente sob critérios que eles mesmos venham a criar”.

Enquanto o protesto começava, Petro estava na fronteira com a Venezuela conduzindo a reabertura das passagens fronteiriças entre os países que estavam fechadas há sete anos.

 

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