O presidente da China, Xi Jinping, e o Ministério das Relações Exteriores do país parabenizaram nesta segunda-feira, Luiz Inácio Lula da Silva, pela vitória nas eleições presidenciais no Brasil, e manifestaram sua disposição de trabalhar com o país para levar as relações bilaterais a “um novo nível”.
Xi, que garantiu “dar grande importância às relações com o Brasil”, em um telefonema com Lula e disse que o Brasil e a China “compartilham amplos interesses e responsabilidades comuns” e “mantêm uma amizade de longo prazo”.
De igual modo, o mandatário chinês destacou os “esforços conjuntos dos sucessivos governos dos dois países”, que têm dado “resultados frutíferos na sua cooperação em vários domínios”, refere o Ministério das Relações Exteriores em comunicado.
Por sua vez, o porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Zhao Lijian, desejou que o Brasil “faça novas conquistas em sua tarefa de seguir construindo o país” em entrevista coletiva.
Lula venceu as eleições de ontem por pouco mais de dois milhões de votos sobre o atual presidente, Jair Bolsonaro.
“Estamos dispostos a trabalhar com o novo governo brasileiro liderado por Lula da Silva para levar as relações a um novo patamar, para maior benefício dos dois países e dos dois povos”, acrescentou o porta-voz chinês, segundo a imprensa local.
Os laços entre os dois países esfriaram durante o governo de Bolsonaro, que durante a campanha presidencial de 2018 lançou duras críticas contra a China, chegando a dizer que “estava comprando o Brasil”.
Bolsonaro, que durante seu mandato fortaleceu as relações com os Estados Unidos, visitou a China em outubro de 2019 com o objetivo de assinar vários acordos nos setores de comércio, agricultura, energia, ciência, tecnologia e educação.
Por sua vez, Lula, presidente da República entre 2003 e 2010, protagonizou a primeira reunião do grupo Brics (então formado por Brasil, Rússia, Índia e China) em 2009, antes da adesão da África do Sul em 2010.
Desde 2009, a China é o principal parceiro comercial do Brasil, com o comércio bilateral passando de US$ 9 bilhões em 2004 para US$ 135 bilhões em 2021.
Entre 2007 e 2020, o Brasil recebeu investimentos acumulados de US$ 66 bilhões da China.
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