O presidente do Brasil, Jair Bolsonaro, que busca a reeleição, afirmou neste domingo (23) que ele e sua família são vítimas de “crimes de ódio” de opositores e citou os recentes ataques sofridos por sua esposa, Michelle, e sua filha, Laura.
“Somos vítimas do ódio dessas pessoas e não o contrário, como o ‘fugitivo’ (Luiz Inácio Lula da Silva) faz parecer e me ataca de forma caluniosa”, disse Bolsonaro no que seria um debate televisivo e que devido à ausência de Lula, que desistiu de participar após o fraco desempenho no debate anterior, foi transformada em entrevista.
Bolsonaro citou as declarações da procuradora-geral do estado de Alagoas, Samya Suruagy do Amaral, que comentou uma publicação da primeira-dama em um culto evangélico e escreveu: “uma vagabunda iludindo o povo”.
Da mesma forma, citou a jornalista Bárbara Gancia, que disse em suas redes sociais que quando a filha do presidente se maquia “ela parece uma p*t#”.
A afirmação de Bolsonaro na entrevista ao canal Record veio após comentar a prisão, neste domingo, do ex-deputado Roberto Jefferson, que estava em prisão domiciliar e voltou ao regime fechado por insultar um ministro do STF.
“Não se justifica se referir a uma mulher da forma que ele se referiu (prostituta e bruxa). Isso é injustificável, mas também não vi nenhuma manifestação da imprensa brasileira quando minha filha foi chamada de p…. no dia em que ela completava doze anos”, disse ele.
“Isso também é lamentável e o tratamento não é o mesmo”, completou o presidente, que negou que haja “amizade” com Jefferson ou que ele participe de sua campanha eleitoral.
Conforme indicado por Bolsonaro, Roberto Jefferson, que pretendia ser candidato à presidência, abriu um processo contra ele em setembro na Justiça Militar pelo presidente não acionar o Senado para iniciar um julgamento de impeachment de membros da Suprema Corte.
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