O presidente da Colômbia, Juan Manuel Santos, e o candidato da oposição à presidência, Oscar Iván Zuluaga, travaram um acalorado debate na noite de segunda-feira (9), na reta final do segundo turno da eleição colombiana. Enquanto Santos defendeu as negociações com as Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc, organização terrorista esquerdista e traficante de cocaína) e rechaçou as acusações de Zuluaga – candidato do ex-presidente Alvaro Uribe -, de que seria um traidor.
“Se ser traidor é trocar a cultura do medo pela da esperança, eu sou traidor”, disse Santos: “Não venha me falar de segurança, quando eu fui o presidente e o ministro da Defesa que mais resultados teve (contra as Farc) na história do país”. Zuluaga, por sua vez, criticou a proposta de Santos de negociar com as Farc.
O candidato da oposição prometeu buscar uma paz “sem impunidade”, em referência a uma série de concessões oferecidas pelo governo a terroristas para que abandonem a luta armada. “Dói aos soldados e policiais que capturem guerrilheiros com grande esforço para que depois sejam enviados para negociar em Havana”, disse o uribista. “Nunca falei de impunidade”, respondeu Santos: “Deixe de dizer que estamos negociando a paz com impunidade porque isso não é verdade”.
Zuluaga venceu o primeiro turno com 29% dos votos. Santos teve 24%. As eleições ocorrem no domingo (15). A última pesquisa contratada por vários meios de comunicação da Colômbia, publicada no ultimo dia 7 de junho, dá 49% para Zuluaga e 41% para Santos.