Zhou Yongkang e seu círculo de corrupção

02/06/2012 03:00 Atualizado: 02/06/2012 03:00

Zhou Yongkang, membro do Comitê Permanente do Partido Comunista Chinês. (Liu Jin/AFP/Getty Images)É fácil comprar uma posição no poderoso órgão de segurança da China, o Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL). Pode-se comprar uma posição de vice-diretor do Departamento de Polícia de Tianjin por 300 mil yuanes (45 mil dólares), e quase mil outros cargos foram vendidos nos últimos seis meses, disse uma fonte do regime chinês ao Epoch Times numa entrevista recente.

Zhou Yongkang, chefe do CAPL, parece estar atolado em corrupção num nível muito mais profundo do que seu aliado deposto Bo Xilai, o ex-secretário do Partido Comunista Chinês na cidade de Chongqing.

Zhou tem sido apontado como o chefe da “facção das mãos ensanguentadas”, que tem reprimido os dissidentes e ativistas de direitos humanos, assim como conduzido a perseguição à prática de meditação do Falun Gong, que foi iniciada em 1999 pelo ex-líder chinês Jiang Zemin.

A família de Zhou tem acumulado enorme fortuna com a venda de cargos oficiais e subornos através da manipulação dos tribunais, disse a fonte. Ela salientou que cada membro da família de Zhou é um bilionário e possui fortunas em bancos internacionais.

Primos de Zhou venderam cargos oficiais em várias cidades em toda a China, enquanto seu filho, Zhou Bin, possui propriedades imobiliárias em Hong Kong, Paris, Shanghai, Pequim e Wuxi. Ele também tem contas bancárias na Suíça, nos Estados Unidos e Hong Kong, segundo a fonte. As 18 propriedades que ele possui em Pequim valem mais de 31 milhões de dólares.

O website de notícias Mingjing citou fontes da província de Sichuan e da Petro China, uma empresa petrolífera chinesa liderada por Zhou Bin, alegando que ele obteve 20 bilhões de yuanes (3,1 bilhões de dólares) para si mesmo, Bo Xilai, e outros associados próximos. A Petro China foi criticada por negociar com o governo sudanês durante o genocídio em Darfur.

Houve relatos de outros exemplos flagrantes de abuso do poder de Zhou Bin.

Num incidente, um policial matou um suspeito afundando-o em água fervente. Zhou Bin teria recebido um suborno de 100 milhões de yuanes (15,7 milhões de dólares) para garantir que o policial não recebesse qualquer punição, de acordo com o Mingjing.

Zhang Jing, a vice-diretor do Departamento de Investigação de Crimes Econômicos e um subordinado de confiança de Zhou Yongkang, recebeu pelo menos 500 ou 600 milhões de yuanes (75 ou 95 milhões de dólares) de mais de 10 imóveis, segundo o Chinaobserve. Um ex-oficial sênior da segurança pública, Zheng Shaodong, disse que Zhang e outros oficiais ajudaram a transferir pelo menos 400 milhões de yuanes (63 milhões de dólares) para a família de Zhou.

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.