Xiao He, um dos “Três Magníficos da Dinastia Han”

20/12/2012 00:35 Atualizado: 01/06/2013 14:33
Xiao He, um dos “Três Magníficos da Dinastia Han” (Blue Hsiao/The Epoch Times)

Liu Bang foi o primeiro imperador da Dinastia Han (206 a.C.–220 d.C.). O fato de ele ter sido capaz de assumir o trono foi atribuído em grande parte a seus subordinados e Xiao He (260-193 a.C.) foi um dos mais importantes.

Xiao He era muito capaz na regulamentação administrativa e começou a trabalhar para a Dinastia Qin (221-206 a.C.) como um oficial de baixo escalão. Ele sempre costumava lidar com assuntos complicados de forma transparente e justa e por isso foi promovido. Ele conhecia Liu Bang desde jovem, pois eram da mesma cidade, e Xiao He sempre ajudava generosamente Liu Bang, que era então um oficial de nível inferior.

No fim da Dinastia Qin, muitos heróis se levantaram contra o brutal regime. Liu Bang foi o primeiro a conquistar a capital. Ao entrar na cidade, ao contrário de outros na tropa de Liu Bang que estavam ocupados saqueando o que podiam pôr as mãos, Xiao He conseguiu coletar e preservar muitos documentos legais, geográficos e censitários. Mais tarde, quando Liu Bang lutou contra outros exércitos pelo trono, os documentos preservados por Xiao He provaram ser valiosíssimos, com informações detalhadas sobre a disposição das fortalezas, a população e as condições regionais.

Além disso, Xiao He também convenceu pessoas de talento a trabalharem para Liu Bang. Um deles foi Han Xin, que era um raro talento militar. No início, Han Xin não foi apreciado por Liu Bang, então, ele decidiu deixar Liu Bang. Ouvindo que Han Xin havia partido, Xiao He foi atrás dele imediatamente e o convenceu a voltar, pois sabia que Liu Bang não poderia vencer as batalhas sem a ajuda de Han Xin. Então, Xiao He fez o que podia para convencer Liu Bang a promover Han Xin a general. Com Han Xin no comando, Liu Bang venceu muitas batalhas e eventualmente se tornou o imperador.

Porém, Liu Bang era uma pessoa desconfiada e ciumenta. Logo após se tornar imperador, ele liderou seu exército e reprimiu uma rebelião. Ao retornar à capital, Liu Bang nomeou Xiao He como primeiro-ministro, o segundo papel mais poderoso na corte, e colocou quinhentos soldados a disposição de Xiao He para protegerem-no. Um hóspede de Xiao He alertou-o sobre a personalidade de Liu Bang. Xiao He disse que sabia que os soldados haviam sido enviados pelo imperador para vigiá-lo. Sob a orientação do hóspede, Xiao He recusou educadamente a oferta de Liu Bang e doou dinheiro aos militares para mostrar sua lealdade. Seu esforço não deu certo, pois Liu Bang não estava feliz com a popularidade de Xiao He entre o povo. Quando Liu Bang deixou a capital de novo para reprimir outra rebelião, ele enviou seus soldados novamente para vigiarem Xiao He.

Xiao He não teve escolha a não ser adotar a sugestão de outras pessoas de deliberadamente destruir sua própria reputação tomando as terras do povo. No entanto, o povo estava contente em deixar Xiao He ter suas terras. Pouco depois, Liu Bang voltou à capital e viu a situação e seu ciúme cresceu ainda mais. Xiao He pediu a Liu Bang para abrir o jardim real e deixar os pobres cultivarem alimentos. Liu Bang recusou-se com raiva, pois não podia aceitar a popularidade de Xiao He. Ainda mais, ele condenou Xiao He por roubar e vender as terras do reino e o aprisionou.

Um oficial militar questionou Liu Bang, perguntando que crime Xiao He havia cometido. Liu Bang disse que Xiao He compactuou com comerciantes gananciosos, tentou apropriar-se de terras e recebeu propina. Liu Bang então disse que Xiao He merecia prisão perpétua por ser um primeiro-ministro corrupto. O oficial militar disse, “Durante as rebeliões, você estava fora da capital conduzindo o exército e o primeiro-ministro ficou na capital para manter as coisas em ordem, se ele quisesse tomar o poder, ele teve muitas oportunidades na época, mas não o fez. Sua lealdade foi provada e não há qualquer razão para ele se interessar por propinas. Todas essas acusações são completamente falsas.” Liu Bang sabia que o oficial estava certo e libertou Xiao He com grande relutância.

Xiao He dedicou sua vida a nação. Apesar de ser tratado injustamente, ele nunca se esqueceu de seu dever como primeiro-ministro. Por atos como esse, ele foi respeitado pelas gerações futuras.

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