Xi Jinping, o indicado próximo líder do Partido Comunista Chinês (PCC), tem planos para a reforma política e meios para começar, fazendo as eleições no 18º Congresso Nacional para os postos principais do PCC um pouco mais competitivas, segundo uma fonte familiarizada com o assunto.
O PCC tem praticado o que chama de “democracia intrapartidária” por algum tempo e tem promovido intensamente o conceito desde o 17º Congresso do PCC em 2007. O problema é que as eleições não são democráticas; no passado, quase todos nomearam um candidato que ganharia.
No 17º Congresso em 2007, 8% dos candidatos para altos cargos foram eliminados por meio de eleições. No 16º Congresso em 2002, 5% dos candidatos falharam.
No 18º Congresso que deverá se reunir em 8 de novembro, é esperado que Xi Jinping e o vice-premiê Li Keqiang sejam introduzidos como a nova liderança do PCC, Xi Jinping como secretário-geral do PCC e Li Keqiang como premiê.
Segundo a fonte, Xi Jinping propõe elevar a taxa de falha para 40% nas eleições realizadas no 18º Congresso do PCC por uma posição no Comitê Permanente do Politburo, o pequeno grupo que governa o PCC, e para 30% para os membros do Politburo (os 25 altos oficiais do PCC) e do Comitê Central (um grupo de cerca de 350 oficiais de alto escalão).
A fonte também disse que a filiação do Politburo pode ser reduzida de 25 para 22 e os membros do Comitê Permanente seriam reduzidos de nove para sete.
Teste para eleição democrática
Segundo a fonte, o atual líder chinês Hu Jintao e Xi Jinping realizaram uma seleção secreta de cinco candidatos de um grupo de 350 oficiais de alto escalão do PCC para os sete lugares no Comitê Permanente, os outros dois lugares pertenceriam a Xi Jinping e Li Keqiang e não seriam contestados, disse a fonte.
A lista de candidatos apresentada deu a Hu Jintao e Xi Jinping grande confiança na utilização de eleições, disse a fonte, e isso os encorajou a ir adiante com as eleições para o Comitê Permanente do Politburo e para o Comitê Central.
O relatório que eleições competitivas serão utilizadas para posições de liderança foi corroborado por uma história que apareceu no China Daily em agosto.
Wang Jingqing, o vice-chefe do Departamento de Organização do Comitê Central, disse em entrevista coletiva que uma eleição competitiva que elimina mais candidatos será adotada para o Comitê Central.
18º Congresso do PCC
Xi Jinping tem outros planos para a reforma, segundo a fonte. Ele planeja promover eleições democráticas populares e exigir que os oficiais do PCC declarem seus bens.
Além disso, Xi Jinping pretende diminuir o poder do Comitê dos Assuntos Político-Legislativos, o órgão do PCC que controla quase todos os aspectos da aplicação da lei na China. Ele também consideraria dar certo grau de independência aos tribunais e à procuradoria.
Outras reformas que têm sido faladas na China – a nacionalização do exército (o que significa que ele seria independente do PCC), a eliminação do regime de partido-único e o levantamento das restrições à mídia – não acontecerão no próximo Congresso, disse a fonte.
Reforma política
No início de setembro, a Reuters informou sobre discussões a respeito da reforma política que teriam ocorrido entre Xi Jinping e o proeminente reformista Hu Deping. Os principais líderes do PCC estão cientes das opiniões que Xi Jinping expressou em suas conversas com Hu Deping, disse a fonte.
A ideia de Xi Jinping é que a reforma política não deveria ser muito rápida, o que poderia levar à instabilidade, nem muito lenta. As reformas devem ser abrangentes, dentro e fora do PCC, de cima para baixo e da Central do PCC para os governos locais.
Xi Jinping acredita que se o PCC no 18º Congresso Nacional não promover a reforma política num ritmo mais rápido, ele perderá o direito de ter qualquer opinião sobre a reforma política nos próximos cinco anos, pois as pessoas perderão a fé no PCC, disse a fonte.
O próximo líder chinês espera fazer alguns movimentos amplos para atrair a atenção dos oficiais de base do PCC e outros que estão completamente decepcionados com o PCC. Desta forma, Xi Jinping espera que as pessoas tenham confiança que ele realizará a reforma, disse a fonte.
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Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.