Wu De: Virtude Marcial, a essência das artes marciais

07/04/2014 04:45 Atualizado: 07/04/2014 04:42

As artes marciais chinesas se originaram da tradicional e antiga cultura chinesa; possuem profundo conteúdo e significados internos.

Muito mais que os movimentos marciais, os componentes fundamentais das artes marciais chinesas incluem cultivar a virtude, a técnica artística, e nutrir a saúde e longevidade.

O Tao é a lei do Universo. Todas as coisas são geradas pelo Tao e sustentadas pela virtude; ser virtuoso é seguir as leis do universo. Estabelecida sobre esta base, a virtude marcial se relaciona diretamente com a moralidade.

Quem possui verdadeiros conhecimentos de artes marciais é capaz de distinguir o bem do mal e de entender as consequências de suas ações; impede o mal e promove a bondade; respeita e aspira ao Tao; valoriza e cultiva a virtude. Tudo isto faz parte de Wu De (Virtude Marcial).

Lao-Tse disse: “O Tao gera; a Virtude (De) nutre”. O Tao produz todas as coisas e a virtude as mantém. Todas as coisas devem respeitar o Tao e valorizar a virtude para estabelecer as bases da existência. Com virtude, todas as coisas permanecem; sem virtude, deixam de existir.

Entre as virtudes marciais, as mais importantes são distinguir o bem de o mal, a retidão diante da perversidade e acreditar na retribuição cármica. Todas as demais virtudes derivam destas. Para se desenvolver nas artes marciais é condição obter habilidades com base na virtude, e cultivar a virtude enquanto se pratica. Refinam-se simultaneamente as habilidades nas artes marciais e o caráter moral. Somente dessa maneira é possível assimilar os cinco mil anos de virtude marcial da divina cultura chinesa.

Alguém se conduz de acordo com as virtudes tradicionais chinesas – lealdade, tolerância, benevolência, retidão, piedade filial e honestidade – pode desenvolver extraordinárias habilidades nas artes marciais e obter naturalmente a virtude marcial. Sem medo, o espírito se acalma e a mente fica focada. As inquebrantáveis habilidades podem evitar a violência e colocar fim aos conflitos.

Li Youfu foi escolhido por seu mestre-mentor em artes marciais para ser seu sucessor, o qual o apresentou a seu mestre-irmão, um mestre de artes marciais de alto nível. Este lhe ensinou artes marciais internas e muitas outras artes marciais, como o boxe Tai-chi, as palmas Mi-hun, as palmas Youshen Bagua, espadas de luz, entre outras desconhecidas do público. Praticou artes marciais durante décadas. Ao mesmo tempo, fez várias pesquisas sobre artes marciais, qigong e capacidades sobrenaturais, além de escrever livros.