O website WikiLeaks começou a publicar os “Arquivos Síria”, que diz conter e-mails embaraçosos enviados por políticos sírios, empresas e ministérios.
Eles liberarão cerca de 2,5 milhões de e-mails que se concentram no regime do presidente sírio Bashar al-Assad de 2006 a março de 2012 enquanto a violência no país se intensifica.
“O material é embaraçoso para a Síria, mas também é embaraçoso para os adversários da Síria. Isso nos ajuda não apenas a criticar um ou outro grupo, mas a entender seus interesses, ações e pensamentos”, disse Julian Assange, o fundador do WikiLeaks que atualmente reside na embaixada do Equador em Londres, num comunicado nesta quinta-feira.
“É somente através da compreensão deste conflito que podemos ter esperança de resolvê-lo”, acrescentou ele.
O website disse que os arquivos lançarão luz no interior do regime de Assad, incluindo suas figuras de maior proeminência e também nas transações financeiras entre a Síria e outras nações.
Nos últimos 16 meses, o governo sírio reprimiu violentamente um levante desencadeado pela inquietação da Primavera Árabe, em que cerca de 15 mil civis foram mortos na violência. A Síria culpou o apoio de terroristas estrangeiros e, recentemente, Assad classificou o conflito como uma “guerra”.
O WikiLeaks não revelou como obteve tal maciço tesouro de arquivos.