O website de denúncias WikiLeaks encontrou uma maneira de contornar o bloqueio bancário dos gigantes financeiros VISA e MasterCard que impediu muitas de suas doações nos últimos 18 meses. O website anunciou na quarta-feira que está novamente aberto a doações.
O WikiLeaks disse que abriu um novo canal de pagamento que passa pelo sistema francês de cartão de crédito conhecido como Carte Bleue. O Carte Bleue é acoplado com os sistemas globais VISA e MasterCard, mas essas empresas estão contratualmente proibidas de cortar diretamente os comerciantes através do sistema.
“Somos obrigados a colocar todos os nossos esforços em levantar fundos para garantir nossa sobrevivência econômica”, diz o WikiLeaks em seu website. “Não podemos permitir que empresas financeiras norte-americanas gigantes decidam como o mundo todo vota com seu bolso. Nossas batalhas são caras. Precisamos do seu apoio para lutar.”
O WikiLeaks disse que a Visa e o MasterCard ergueram o bloqueio “totalmente fora de qualquer processo judicial ou administrativo”, depois que suas publicações revelaram crimes de guerra e políticos dos EUA em 2010. O WikiLeaks disse que o bloqueio tem impedido mais de 95% de suas doações, custando a organização cerca de 20 milhões de dólares no período.
Nesse meio tempo, o WikiLeaks tem corrido para suas reservas de dinheiro na Fundação Wau Holland, que ajuda o processo de doações do WikiLeaks. Suas reservas diminuíram de 800 mil euros no final de dezembro de 2010 para menos de 100 mil no final de junho deste ano.
“Como mostra o gráfico, os fundos de reserva do WikiLeaks expirarão no austero ritmo atual de despesas dentro de alguns meses. A fim de efetivamente continuar sua missão, o WikiLeaks deve levantar imediatamente um mínimo de 1 milhão de euros”, disse o WikiLeaks.
O WikiLeaks também está tomando ações legais contra o bloqueio, vencendo sua última ação contra a VISA Islândia (Valitor) na semana passada. Além disso, a Comissão Europeia começou uma investigação preliminar sobre o bloqueio em julho passado.
Enquanto isso, Julian Assange, o fundador do WikiLeaks, ainda permanece escondido na embaixada equatoriana em Londres, onde está desde 19 de junho solicitando asilo político. Ele é procurado na Suécia para interrogatório por alegados crimes sexuais.
A VISA e o MasterCard não responderam ao Epoch Times antes que o artigo fosse publicado.