Wang Lijun informou a autoridades dos EUA sobre colheita de órgãos, diz fonte

23/06/2012 03:00 Atualizado: 23/06/2012 03:00

Wang Lijun, o ex-chefe da Secretaria de Segurança Pública de Chongqing, em março de 2011. (Feng Li/Getty Images)Wang Lijun, o ex-chefe de polícia e vice-prefeito de Chongqing, fez uma visita surpresa e apressada ao consulado dos EUA em Chengdu em fevereiro, fazendo manchete internacional. No entanto, o que Wang disse aos funcionários do consulado norte-americano permaneceu em sua maioria confidencial.

Fontes disseram a Bill Gertz, um repórter da segurança nacional, que Wang entregou as autoridades norte-americanas informações-chave sobre um golpe planejado por Bo Xilai e Zhou Yongkang contra Xi Jinping, o suporto herdeiro da liderança do Partido Comunista Chinês. Também houve rumores de que Wang tentou desertar e buscar a proteção das autoridades norte-americanas.
Uma fonte bem colocada disse agora ao Epoch Times que Wang deu as autoridades norte-americanas documentos confidenciais que contêm informações importantes sobre o envolvimento de altos oficiais comunistas na perseguição ao Falun Gong. A fonte disse que Wang forneceu detalhes sobre a extração forçada de órgãos de praticantes do Falun Gong executados na rede de hospitais militares, prisões, centros psiquiátricos e campos de trabalho da China.

O Departamento de Estado norte-americano não respondeu ao telefone e e-mail solicitando comentários.

Em julho de 2006, David Kilgour, o ex-secretário de Estado canadense para a Ásia-Pacífico, e o advogado de direitos humanos David Matas publicaram um relatório resumindo os resultados de suas investigações sobre as denúncias da colheita de órgãos de praticantes do Falun Gong presos na China. O relatório citou como evidência entrevistas telefônicas com funcionários de hospitais chineses admitindo que praticantes do Falun Gong eram mortos e seus órgãos vendidos.

Em maio deste ano, o Departamento de Estado dos EUA divulgou o Relatório Nacional de 2011 sobre as Práticas de Direitos Humanos, que incluiu pela primeira vez referência às alegações da colheita de órgãos de praticantes do Falun Gong e uigures na China. O relatório observou relatos de que praticantes do Falun Gong foram “alvos de prisão arbitrária, detenção e perseguição”.

Em fevereiro, Ileana Ros-Lehtinen, a presidente do Comitê das Relações Exteriores, escreveu uma carta a Hillary Clinton, a secretária de Estado, pedindo uma explicação sobre como as autoridades norte-americanas lidaram com Wang depois que ele chegou ao consulado dos EUA em Chengdu.

Em abril, o Departamento de Estado realizou uma reunião privada para membros do Comitê das Relações Exteriores sobre o incidente de Wang Lijun. Entretanto, detalhes da entrevista ainda não chegaram à mídia.

Nota do Editor: Quando o ex-chefe de polícia de Chongqing, Wang Lijun, fugiu para o consulado dos EUA em Chengdu em 6 de fevereiro, ele colocou em movimento uma tempestade política que não tem amenizado. A batalha nos bastidores gira em torno da postura tomada pelos oficiais em relação à perseguição ao Falun Gong. A facção das mãos ensanguentadas, composta pelos oficiais que o ex-líder chinês Jiang Zemin promoveu para realizarem a perseguição ao Falun Gong, tenta evitar ser responsabilizada por seus crimes e continuar a campanha genocida. Outros oficiais têm se recusado a continuar a participar da perseguição. Esses eventos apresentam uma escolha clara para os oficiais e cidadãos chineses, bem como para as pessoas em todo o mundo: apoiar ou opor-se à perseguição ao Falun Gong. A história registrará a escolha de cada pessoa.