Recebemos o tempo todo notícias de como a poluição ambiental está afetando o planeta. Mas será que você está consciente do que é poluição ambiental, quais são os seus tipos e por que ela é tão indesejável quando o assunto é a preservação da natureza?
Segundo a legislação brasileira (Lei 6.938/81, Art.3, III), “a poluição está definida como toda a degradação da qualidade ambiental que direta ou indiretamente possa prejudicar a saúde, a segurança e o bem estar da população ou que gere condições adversas às atividades sociais e econômicas, que afetem desfavoravelmente a biota, as condições estéticas ou sanitárias do ambiente ou, ainda, que lancem matérias ou energia em desacordo com os padrões estabelecidos”.
Assim, a poluição ambiental pode ser entendida como a presença de qualquer agente que cause a desarmonia e o desarranjo de um determinado habitat, seja ele uma floresta ou uma cidade. Essa noção é importante diante da tendência de enxergar o meio ambiente apenas como as áreas afastadas e verdes, habitadas por animais. Nossa casa, nosso bairro, nossa cidade – enfim, os espaços que frequentamos e aos quais pertencemos – também formam ambientes e, por isso mesmo, estão passíveis de sofrerem os efeitos da poluição.
Abaixo consta uma pequena lista dos tipos mais importantes de poluição ambiental para que possamos não apenas reconhecê-los como evita-los. Confira!
Poluição atmosférica: corresponde à presença de substâncias que degradem a qualidade do ar que respiramos. Os emissores de gases nocivos (dióxido de carbono, óxidos de enxofre, etc.) mais comuns são os automóveis e as indústrias. Os efeitos da poluição atmosférica na saúde podem ser bastante graves, com a geração de doenças pulmonares e alergias principalmente em crianças e idosos.
Poluição da água: trata-se da presença de substâncias degradantes nos chamados corpos hídricos (como rios, lagos, etc.). É um dos tipos mais comuns de poluição, especialmente agravada pela explosão populacional e a falta de tratamento de esgoto de grandes cidades, pela presença de indústrias que lançam seus dejetos em corpos hídricos e à pouca conscientização da população, que lança objetos e dejetos nos rios, córregos e lagos, utilizando-os como verdadeiras latas de lixo. As águas são especialmente frágeis, também porque recebem parte da poluição atmosférica e do solo, carregada pela chuva. Outro tipo delicado é a poluição marinha, ligada diretamente à degradação de mares e oceanos.
Poluição do solo: ocorre sempre que resíduos com potencial degradante são depositados em uma área de solo sem os devidos cuidados. Exemplos de poluidores dos solos são áreas chamadas de lixões, que recebem os despojos de grandes cidades (a maioria já se transformou em aterro sanitário, com manejo diferenciado justamente para evitar a poluição). Outra ação poluidora do solo é o uso excessivo de agrotóxicos que, além de poderem prejudicar os ecossistemas presentes no solo, ainda apresentam uma ameaça de poluição das águas, ao serem carregados pela chuva.
Poluição sonora: é causada pelo excesso ou produção de ruídos e sons em volumes que prejudiquem o bem estar e a saúde. Este tipo de poluição é comum principalmente nas grandes cidades, por conta dos carros, da presença de máquinas e de muitos amplificadores sonoros. Segundo a OMS (Organização Mundial da Saúde), o limite máximo tolerável para a saúde humana é de 65dB. Mas, ainda que nem sempre estejam acima deste volume, os ruídos indesejáveis podem prejudicar a capacidade de concentração e, até, a qualidade sono.
Poluição visual: mais uma vez, temos o excesso como questão. A poluição visual se caracteriza por uma quantidade exacerbada de estímulos visuais. Há controvérsias sobre este tipo de poluição. Enquanto alguns acreditam que ela pode ser uma fonte de estresse, ansiedade e causar, por exemplo, a distração de motoristas, outros apontam que os estímulos visuais, ainda que excessivos, fazem parte da estética urbana.
Essa matéria foi originalmente publicada por Pensamento Verde