Oito pessoas já morreram vítimas da variante H7N9 da gripe aviária, enquanto outras 24 pessoas foram infectadas, segundo os últimos dados oficiais do regime chinês.
A maioria dos casos vem da região do delta do rio Yangtzé, no leste da China, oito de Jiangsu, dois de Anhui, três da província de Zhejiang e 11 de Shanghai, onde cinco das mortes ocorreram.
O líder chinês Xi Jinping e o premiê Li Keqiang enviaram uma mensagem ao Comitê Nacional de Saúde e Planejamento Familiar instando as autoridades a “fazerem bem em auxiliar os pacientes” e em controlar e prevenir a doença, informou o Ministério da Saúde em seu website neste domingo.
Em Hong Kong, vários casos suspeitos de gripe aviária estão sendo testados para o vírus, segundo o Diário da Manhã do Sul da China na segunda-feira.
O representante chinês na Organização Mundial de Saúde (OMS) disse numa conferência de imprensa em Pequim, na segunda-feira, que ainda não há evidência de “consistente transmissão de pessoa para pessoa”. Um oficial de saúde acrescentou que 621 pessoas que estiveram em contato próximo com os pacientes estão sendo monitorados sem anormalidades observadas.
A OMS se prepara para enviar especialistas internacionais à China para ajudar a investigar o novo vírus mortal e o Centro de Controle e Prevenção de Doenças da China alertou os consumidores a evitarem mercados de aves vivas, onde as aves são mortas.
Internet censurada
Repórteres de Hong Kong e funcionários de saúde de Pequim postaram em blogues por iniciativa própria avisos cautelosos, que foram rapidamente apagados do Weibo, uma popular rede de mídia social chinesa, por verificadores de conteúdo (censores).
Cerca de 18h em 5 de abril, um internauta disse em seu microblogue que repórteres de Hong Kong numa variedade de jornais estavam sendo chamados de volta do continente. Uma imagem de tela de celular mostrava o alerta de e-mail interno do Diário Oriental que foi publicada junto com a mensagem. A postagem foi apagada prontamente.
Outra postagem no Weibo sugeriu que o vírus pode ter se espalhado para Pequim. Um interno de pós-doutorado num hospital local enviou uma séria mensagem online para amigos na capital para se cuidarem. “Não posso dizer nada, apenas lembrar os amigos de Pequim para terem cuidado. Espero que vocês possam entender, minhas mãos estão tremendo.” Internautas compartilharam a postagem antes que ela fosse excluída.
Uma terceira postagem, que logo desapareceu também, comparou a nova variante da gripe aviária com a epidemia de SARS (síndrome respiratória aguda severa) de 2003, que foi estritamente censurada pelo Partido Comunista Chinês. “Dez anos atrás, a maior lição que nossos compatriotas aprenderam com a SARS é que nosso maior inimigo não é o vírus, mas o encobrimento da verdade, o melhor remédio não são os esteroides, mas a transparência e a confiança.”
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