O ativista da democracia Fang Zheng, um manifestante estudantil que esteve na Praça da Paz Celestial (Tiananmen) em 1989, quando os tanques e soldados invadiram e atacaram os estudantes e outras pessoas inocentes, chegou a Hong Kong em 31 de maio para assistir a uma cerimônia anual em memória das vítimas que foram mortas no massacre de 4 de junho.
Fang perdeu as pernas naquela manhã. Ele tentava sair por uma saída lateral quando um tanque veio atrás dele e esmagou suas pernas. Ele era um estudante do quarto ano na Universidade de Esportes de Pequim na época.
As pernas de Fang tiveram de ser amputada, e ele foi obrigado usar cadeira de rodas desde então. As autoridades chinesas pressionaram-no para não mencionar a responsabilidade do governo pela perda de suas pernas, mas Fang se recusou a obedecer. Assim, ele foi colocado na lista negra do governo. Mas em 2009, com a ajuda da organização humanitária sem fins lucrativos China Humanitária baseada na Califórnia, Fang e sua família foram capazes de se mudar para São Francisco, na Califórnia.
Fang partiu dos Estados Unidos e chegou ao Aeroporto Internacional de Hong Kong às 18:00 em 31 de maio, de acordo com um artigo do jornal Apple Daily de Hong Kong. Porque Fang ainda tinha um passaporte da República Popular da China, ele temia a possibilidade de ser impedido de entrar em Hong Kong. Mas ele finalmente foi capaz de passar com sucesso pela alfândega.
Depois de anos ouvindo sobre o serviço memorial através de notícias, Fang expressou sua emoção por finalmente ser capaz de participar do evento em pessoa. Fang também disse aos repórteres do Apple Daily que está triste com a nova geração de chineses que não sabem a verdade sobre o Massacre da Praça Tiananmen, “Eu sou uma evidência viva de que os tanques do exército foram enviados para nos perseguir e matar. A história não pode ser escondida, a verdade não pode ser apagada.”
Desde 1990, a organização pró-democracia ‘Aliança de Hong Kong em Apoio aos Movimentos Democráticos na China’ tem realizado comícios e vigílias a cada ano no parque Victoria de Hong Kong exigindo a responsabilização do governo comunista chinês pelas vítimas que morreram em 4 de junho de 1989.