Vírus aviário é detectado na América do Norte: EUA em alerta

14/03/2015 07:56 Atualizado: 14/03/2015 02:05

O CDC (Centro de Controle e Prevenção de Doenças) dos Estados Unidos, alertou no dia 6 de fevereiro que há uma maior probabilidade de que a infecção pelo vírus aviário de alta patogenicidade (IAAP) afete os seres humanos na América do Norte, devido ao crescente número de aves selvagens e domésticas afetadas pela cepa asiática, que foi encontrada pela primeira vez no continente em dezembro passado.

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Por esta razão, o órgão de saúde alertou as autoridades e médicos à monitorarem os pacientes com gripe nos estados afetados com as IAAP do tipo H5N2, H5N8 e H5N1: Califórnia, Idaho, Oregon, Utah e Washington. No Canadá, correspondem à Columbia Britânica.

Em relação ao vírus H5N1, isolado a partir de uma ave selvagem dos Estados Unidos, o CDC disse que “é um novo vírus de origem mista (recombinante) que é geneticamente diferente dos vírus aviários H5N1 que causaram infecções humanas com elevada mortalidade em vários outros países (especialmente na Ásia e África). Não há infecções humanas relatadas com este novo vírus recombinante H5N1”.

No ano passado, o vírus foi detectado no estado de Washington e no Canadá. Entre 15 de dezembro de 2014 e 16 de janeiro de 2015, o Departamento de Agricultura do país recebeu 14 relatos de aves infectadas nos estados mencionados. Uma taxa que está aumentando e se espalhando do nordeste ao sul, disse o CDC.

“Embora estes vírus não sejam conhecidos por provocarem doenças nos seres humanos, a sua aparição na América do Norte poderia aumentar a probabilidade de infecção em humanos nos Estados Unidos. A infecção humana com outros vírus da gripe aviária como a IAAP do vírus (H5N1), A (H5N6) e do vírus (H7N9), de caráter grave e por vezes fatal, foi relatada geralmente após o contato com aves domésticas “, explicou o órgão de saúde.

Até o momento, os pássaros afetados são as aves domésticas, dois tipos de aves silvestres em cativeiro e aves aquáticas migratórias selvagens, como patos, gansos e cisnes, que facilmente transportam o vírus por grandes extensões.

“Todas as aves domésticas foram destruídas”, disse o CDC. Além disso, informou que das 24 pessoas que relataram exposição a aves infectadas, uma desenvolveu uma enfermidade típica da gripe aviária, mas obteve resultado negativo em testes de laboratório.

O CDC alertou, portanto, que a sua posição será a de uma abordagem cautelosa.

“Os médicos e profissionais de saúde devem considerar a infecção do vírus de alta patogenicidade H5 da gripe aviária em pacientes [seres humanos] com síndromes gripais que tiveram contato recente com aves doentes ou mortas, especialmente em áreas onde os vírus foram identificados.”

Como instruções aos responsáveis, explicou que eles devem monitorar por 10 dias as pessoas expostas a aves infectadas com IAAP H5 após a sua última exposição. Para estes, disse que “pode ​​se considerar uma profilaxia antiviral para prevenir a infecção.”

Recomendações para os Estados afetados

Médicos e profissionais de saúde pública devem considerar as seguintes recomendações para monitoramento e testes de acordo com o CDC:

1. Considere a possibilidade de infecção pelo novo vírus da gripe aviária-A com potencial para causar uma enfermidade grave nos seres humanos e nos pacientes com enfermidades do tipo da gripe aviária (ETI – Efermidades Tipo Influenza) e infecção respiratória aguda (IRA), se a pessoa teve contato recente (<10 dias antes do início da doença) com aves doentes ou mortas em qualquer uma das seguintes categorias:

a. Aves domésticas (tais como galinhas, perus, patos)

b. Aves aquáticas silvestres (por exemplo: patos, gansos, cisnes)

c. Aves de rapina em cativeiro (por exemplo falcões) que tiveram contato com as aves aquáticas selvagens

2. Dada à possível infecção com o novo vírus da gripe-A com o potencial de causar doença grave em humanos, amostras respiratórias devem ser coletadas com as precauções de controle de infecção e enviadas para o Estado ou departamento de saúde local para teste imediato (ver orientações).

3. Se houver suspeita de infecção com um novo vírus da gripe A com o potencial de causar doença grave em humanos, departamentos estaduais de saúde são encorajados a iniciar a pesquisa em saúde pública com os parceiros em saúde dos animais e devem notificar prontamente o CDC.

Quando se trata de entrar em contato, o CDC esclarece que isso pode incluir: “contato direto com aves (por exemplo: manipulação, abate, remoção de penas, corte das aves, preparação para o consumo) ou contato direto com superfícies contaminadas com fezes ou partes das aves (organismos, órgãos internos, etc), ou prolongada exposição a aves em um espaço confinado.”

O vírus da gripe aviária H5N8, que está se recombinando em territórios locais, fez sua primeira aparição em 15 de janeiro de 2014 na Coréia do Sul e se espalhou rapidamente por toda a Ásia, Europa e América. Foi observado no Japão em abril, na China em setembro, na Alemanha, na Holanda e na Inglaterra desde novembro, e nos Estados Unidos e norte da Itália desde do mês de dezembro, de acordo com o Centro Nacional de Saúde da Vida Silvestre do Serviço de Geologia dos Estados Unidos (USGS), em 16 de dezembro.

O CDC citou os seguintes estudos de apoio à sua decisão:

• Uyeki TM. A infecção humana através da gripe aviária de alta patogenicidade A (H5N1): revisão de questões clínicas. Clin Infect Dis 2009; 49: 279-90.
• Cao B, HN Gao, Lu HZ et al. Os achados clínicos em 111 casos de infecção com gripe A (H7N9). N Engl J Med 2013; 368: 2277-85.
• Bi Y, Mei K, Shi W, et al. Dois novos agrupamentos de gripe aviária A (H5N6) do vírus na China. J Gen Virol 2015 Epub ahead of print.

 

Anastasia Gubin, Epoch Times