Vigília em Washington honra sacrifício

25/07/2012 11:00 Atualizado: 25/07/2012 11:00

Praticantes do Falun Gong seguram velas para homenagear os milhares que morreram na perseguição do regime chinês à prática de meditação pacífica. (Lisa Fan/The Epoch Times)Praticantes do Falun Gong marcam os 13 anos de perseguição

Uma cena solene saudou os transeuntes enquanto praticantes do Falun Gong de todo o mundo se reuniram para uma vigília à luz de velas no Monumento de Washington em 13 de julho. Vestidos principalmente de amarelo, os praticantes prestaram homenagem às milhares de vidas perdidas durante a perseguição de 13 anos à prática na China.

O Falun Gong é uma prática de meditação espiritual praticada em todo o mundo. Num momento, o Falun Gong foi praticado abertamente na China, mas desde 20 de julho de 1999, ele tem sido perseguido pelo regime comunista do país.

Assim, eles vieram à capital dos EUA para pacificamente se reunirem e prestarem suas homenagens àqueles que morreram sob a perseguição. Entre eles estavam os sobreviventes dos métodos brutais de tortura do regime comunista e outros praticantes que se sentiram compelidos a mostrarem seu apoio.

Ren Guoxian, de 39 anos, uma voluntária da Califórnia. (Henry Lam/The Epoch Times)Ren Guoxian, uma voluntária da Califórnia

“Isto é por todos os praticantes que morreram na China. Eu também fui severamente torturada na China e testemunhei pessoalmente a morte de praticantes em centros de detenção. Quando vejo essas fotos e as vigílias à luz de velas que realizamos, eu sinto uma tristeza profunda. Nós todos acreditamos na verdade, compaixão e tolerância, mas recebemos esse tratamento, até o ponto em que muitos morreram. Embora eu tenha completado meu mestrado em Ciência Ambiental na China, eu não recebi um diploma, porque me recusei a desistir de minha crença no Falun Gong. Estou neste evento para dizer ao mundo que o Falun Dafa é bom; que a verdade, a compaixão e a tolerância são boas; e que a perseguição pare.”

Yu Haiwen, de 44 anos, cabeleireira, refugiada recente da China. (Henry Lam/The Epoch Times)Yu Haiwen, de 44 anos, cabeleireira, refugiada recente da China

“Eu fui perseguida na China, foi uma experiência sangrenta. Amigos próximos meus morreram no mesmo centro de detenção em que fui torturada. Essa perseguição continua até hoje. Os praticantes do Dafa na China não têm liberdade. Eles não podem participar de eventos como estes. Há tantos praticantes do Dafa que ainda estão sendo torturados na China. Minha melhor amiga, que praticava e foi presa comigo, ainda está na cadeia. Ela pesa apenas 65 quilos agora e suas pernas não funcionam mais. É para ela e por todos os praticantes que ainda estão sendo torturados que eu devo participar de todas as atividades, como esta vigília, fora da China.”

Many Ngom, de 43 anos, designer de moda do Canadá

“É importante estar aqui como um praticante do Dafa. Precisamos fazer a nossa parte e mostrar ao mundo o quão devastadora é a perseguição. É sempre emocionante ver tantas pessoas. Sinto-me privilegiada por estar aqui hoje. Eu desejaria que pudéssemos fazer mais.”

Bruno Malvino, de 25 anos, técnico de trânsito da França

“Estou aqui para comemorar todos os praticantes do Falun Dafa que morreram na prisão. Eu tenho um amigo que ficou aleijado após ser torturado por anos na China. Ele deixou a prisão com tuberculose.”

Jose Johny, de 26 anos, engenheiro de software do sul da Índia

“Eu quero que a perseguição acabe. O Partido Comunista Chinês está realizando esta perseguição com base em princípios ateístas. Tenho amigos cujas irmãs e pais foram mortos. Eu vim da Índia apenas para isso.”

Visto de cima, eles formam os caracteres chineses de verdade, compaixão e a tolerância, os princípios fundamentais da prática do Falun Gong. (Lisa Fan/The Epoch Times)As pessoas que passavam ficaram impressionadas com a cena serena e a questão da perseguição abordada.

Eric Berdan, de 42 anos, gerente da Nestlé no Canadá. (Henry Lam/The Epoch Times)Eric Berdan, de 42 anos, gerente da Nestlé no Canadá

“Eu acho que a vista é impressionante. Nós somos do Canadá, assim, não vemos muitas manifestações como esta frequentemente. Isto é realmente incrível. Você pode sentir a paz na maneira como fazem isso. Obviamente, há mais nisso do que sabemos. É bom para nós aprendermos [sobre a perseguição] e bom para os meus filhos aprenderem. Tudo os afetará mais tarde.”

Jorge Orozco, de 45 anos, eletricista de Chicago

“Somos cristãos católicos. Compartilhamos o mesmo sentimento, porque muitos cristãos católicos de nossa Igreja estão vivendo clandestinamente na China agora. Eles também foram mortos. Nós compartilhamos o mesmo sentimento. Estamos tentando ficar um pouco mais para compartilhar esta vigília.”

Emily Camis, de 24 anos, especialista em relações públicas na Virgínia

“Eu pessoalmente acho que essa é a melhor maneira de protesto do que estar com raiva e andando com sinais. Isso mostra que há um monte de opressão na China que as pessoas desconhecem. Não tínhamos ideia de que isso estava acontecendo, nós apenas passávamos de bicicleta.”