Vigília em Hong Kong pelas vítimas do Massacre da Praça da Paz Celestial

28/05/2013 23:17 Atualizado: 29/05/2013 17:22
A faixa diz: “Reabilitem o incidente de 4 de junho, nunca desistam” (Song Xianglong/The Epoch Times)

Cerca de 1.600 pessoas se reuniram em Hong Kong neste domingo para o anual Desfile Patriótico pela Democracia, para lembrar o Massacre da Praça da Paz Celestial em 4 de junho de 1989.

O evento é organizado anualmente pelo grupo Scholarism, constituído de estudantes-ativistas e pela Aliança de Hong Kong em Apoio pelos Movimentos Patrióticos e Democráticos na China.

Os participantes se reuniram no Parque Vitória e marcharam por cerca de duas horas. Membros do Scholarism caminharam em direção ao Escritório de Ligação do Governo Popular Central, enquanto outro grupo fez seu caminho em direção ao Escritório do Governo Central.

Muitos turistas da China continental fotografaram o desfile. Um homem, que fez parte do movimento estudantil antes da repressão brutal de 4 de junho de 1989, expressou sua gratidão: “Obrigado a todos em Hong Kong. As pessoas aqui sempre recordam este incidente. Espero que uma retratação [das vítimas] aconteça eventualmente.”

O Sr. Yang, do continente, chegou cedo para o evento. Ele disse ao Epoch Times que estava “muito emocionado” com a reunião. “Eu gostaria que mais chineses do continente viessem, não necessariamente para participar, mas para pelo menos obterem algum entendimento a respeito”, disse ele. “Isso pode ser o alicerce para o futuro democrático na China.”

“Na China, agora, todos os jovens buscam avidamente por riqueza, restaurantes e entretenimento. Eles carecem de moralidade e ideais e não têm qualquer meta para guiá-los”, disse ele. “Espero que este evento realmente os inspire a desistir de seu estilo de vida hedonista e a fazer algo pelo futuro da China.”

Numerosos pró-democracia participaram da marcha. Cai Shufang, que era um repórter na Praça da Paz Celestial quando os militares abriram fogo contra os estudantes, incentivou as pessoas a se levantarem contra o regime comunista. “Lamento que pessoas como nós sejam gradual e sistematicamente silenciadas e assassinadas até que não haja mais ninguém”, disse ele. “Então, por nosso futuro e pela próxima geração, todos devemos sair e carregar uma vela.”

Alan Leong, líder do Partido Cívico, disse que os valores chineses continuarão a se deteriorar até que as vítimas do massacre sejam retratadas. “O assassinato dos estudantes foi transformado em algo legítimo. O que era errado e abominável foi maquiado como justo e correto. E isso afeta toda a China.”

Homem segura faixa que diz: “Obrigado Hong Kong – dos estudantes do continente em Hong Kong” (Song Xianglong/The Epoch Times)
Jovem usa faixa invertida que diz: “89, 64”; em referência ao Massacre da Praça da Paz Celestial em 4 de junho de 1989. Em chinês, a palavra ‘inverso’ é pronunciada como ‘vigília’ (Song Xianglong/The Epoch Times)
Manifestantes mancham em Hong Kong, carregando faixas que dizem: “Lutem por sua liberdade” (Song Xianglong/The Epoch Times)
Manifestantes com faixas que dizem: “Reabilitem o incidente de 4 de junho” (Song Xianglong/The Epoch Times)
Uma faixa diz: “Reabilitem o incidente de 4 de junho” (Song Xianglong/The Epoch Times)
Uma grande faixa que diz: “O espírito herdado do movimento democrático de 1989” (Song Xianglong/The Epoch Times)
Uma jovem na parada exibe fotos das vítimas do incidente de 4 de junho (Song Xianglong/The Epoch Times)
Organizadores disseram que cerca de 1.600 pessoas participaram da marcha (Song Xianglong/The Epoch Times)

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