Vigília e mobilização marcam 13 anos de perseguição

30/07/2012 03:00 Atualizado: 30/07/2012 03:00

Praticantes do Falun Dafa meditam fora do consulado da República Popular da China em Los Angeles em 20 de julho. (Robin Kemker/The Epoch Times)Fim do Partido Comunista Chinês previsto

LOS ANGELES – Praticantes do Falun Gong, também conhecido como Falun Dafa, reuniram-se em frente ao consulado da República Popular da China em Los Angeles em 20 de julho para pedir o fim da perseguição ao Falun Gong na China e do assédio dos agentes do regime nos Estados Unidos.

Vinte de julho marca o 13º aniversário do início da perseguição da prática espiritual do Falun Dafa na China. Em 1999, o regime chinês começou a usar propaganda, prisões, lavagem cerebral e tortura na tentativa de erradicar a prática pacífica.

Em frente ao consulado, numa sexta-feira à noite em Los Angeles, o grupo realizou uma vigília de velas e meditou, enquanto alguns permaneciam nas proximidades segurando cartazes em chinês e inglês que explicavam sobre a manifestação.

Segundo os praticantes, a vigília era para honrar a memória dos que foram mortos durante a perseguição e exigir o fim da campanha de supressão. Eles também apelaram pelo fim do assédio que têm suportado em Los Angeles nas mãos de agentes do Partido Comunista Chinês (PCC).

O Falun Dafa envolve praticar cinco exercícios suaves de meditação e viver de acordo com ensinamentos baseados na verdade, compaixão e tolerância. A disciplina começou a ser ensinada publicamente na China em maio de 1992 e rapidamente se tornou popular. No início de 1999, as autoridades do regime chinês estimaram que 70 a 100 milhões de chineses houvessem aderido à prática.

O então líder chinês Jiang Zemin temeu a popularidade da prática e a possibilidade de que o povo chinês preferisse os ensinamentos do Falun Dafa à ideologia comunista.

De acordo com o Centro de Informação do Falun Dafa, mais de 3.500 praticantes foram mortos devido à tortura e abusos, embora o Centro especule que o número verdadeiro seja de dezenas de milhares. Além disso, segundo investigadores, dezenas de milhares de praticantes foram mortos por seus órgãos.

Após a vigília, houve discursos. Entre os palestrantes estava Zhu Yurong, uma professora doutora em ciências marinhas de uma universidade de ponta na China, ela fugiu para os Estados Unidos pouco mais de cinco anos atrás para escapar da perseguição. Ela agora trabalha num escritório em Los Angeles.

Zhu disse ao Epoch Times que os praticantes do Falun Dafa se recusaram a permanecer em silêncio sobre a perseguição que sofriam na China. Ela disse que, por causa dos esforços dos praticantes, nos últimos anos, o povo chinês tem se tornado consciente da perseguição, um crime que o regime comunista tem tentado manter escondido.

“Na China, os praticantes iniciaram um esforço público em todo o país para comunicar que o ‘Falun Dafa é bom’. Eles foram à Praça da Paz Celestial (Tiananmen) e exibiram faixas afirmando ‘Falun Gong é bom’ para os turistas e chineses, escreveram declarações em cédulas de Yuan (moeda chinesa) e distribuíram panfletos, cartazes e pôsteres durante a noite para que o público os visse pela manhã.”

Zhu disse que embora esteja nos Estados Unidos, seus esforços em nome do Falun Dafa têm repercussões dentro da China.

“Desde que vim para os Estados Unidos, tenho voluntariamente participado em muitos protestos do Falun Gong contra a brutal perseguição do PCC. Mas os oficiais da segurança do PCC têm perseguido e ameaçado membros da minha família [na China] ao longo dos últimos anos por causa da minha participação nestas atividades.”

Em seu discurso, a Dra. Zhu pediu a seus colegas de classe, professores, chefes, amigos e compatriotas, que ela conhecia na China e também nos Estados Unidos e em outros lugares, para “seriamente descobrirem a verdade sobre o Falun Gong”.

Ela também os encorajou a lerem os “Nove Comentários sobre o Partido Comunista”, uma série editorial publicada pelo Epoch Times em 2004 que posteriormente foi feita livro.

Os Nove Comentários fornecem uma história sem censura sobre o PCC. O livro inspirou o movimento Tuidang, que visa estimular os chineses a renunciarem todas suas afiliações com o PCC; até à data mais de 120 milhões já renunciaram, segundo o Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC.

A Dra. Zhu previu que o PCC acabaria e esperava que todos se dissociassem do PCC o quanto antes, como ela fez.