Vídeo da canadense de 10 anos contra derrame de petróleo recebe quase 100 mil acessos

24/06/2012 01:00 Atualizado: 06/08/2013 16:00

Vídeo da canadense de 10 anos protestando contra o derramamento de petróleo nos oceanos recebeu quase 100 mil acessos. (You Tube)Um vídeo criado pela canadense Ta’Kaiya Blaney de 10 anos já recebeu quase 100 mil acessos no site de vídeos You Tube. Ela protesta contra a construção de uma tubulação que liga os poços de areia betuminosa do Athabasca à floresta tropical Great Bear, proposto pela empresa Enbridge. O vídeo foi postado no início de fevereiro.

No vídeo, Ta’Kaiya Blaney canta uma música chamada “Shallow Water” (que pode ser traduzida como “Águas Frívolas”), que ela compôs com a ajuda de sua professora de canto e que aborda a poluição marinha. O protesto leva em conta a questão que uma tubulação de petróleo muito provavelmente deixa escapar resíduos no oceano, segundo o site da ONG Greenpeace.

“A mensagem da música é que, se nós poluirmos, poluirmos e poluirmos, os ecossistemas e biomas do oceano irão morrer… se nós não fizermos nada, tudo se acabará”, diz Ta’Kaiya no vídeo.

Além de publicar o vídeo, Ta’Kaiya e sua mãe foram ao escritório da empresa para entregar pessoalmente uma cópia da música e uma carta pedindo que reconsiderassem o projeto. Todavia, a menina foi impedida de entrar no escritório da empresa, além de se terem se recusado a enviar alguém para buscar sua carta, informou a ONG.

A cantora mirim é membro de uma antiga tribo da costa canadense chamada Sliammon. O desejo de compor tal canção surgiu enquanto Ta’Kaiya estudava a respeito das lontras marinhas, entrando em contato, pela primeira vez, com a realidade da poluição oceânica, segundo o Greenpeace.

Urgência na proteção dos oceanos

A presidente Dilma Rousseff disse na quinta-feira em seu discurso na Conferência das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento Sustentável, Rio+20, que devem ser tomadas ações urgentes tomadas para a proteção dos oceanos e que este assunto é um dos principais constantes do documento final da conferência.

“Vamos agir com urgência para proteger a biologia marinha em alto mar, assim como combater poluição e impactos da mudança do clima”, disse Dilma em seu discurso no Riocentro.

Apesar das promessas da Rio+20, poucas ações concretas foram apontadas de fato no documento final da conferência. O website BusinessGreen forneceu uma análise de conteúdo para mostrar a linguagem aguada do documento: a palavra “incentivar” aparece 50 vezes; “nós vamos” apenas cinco vezes; “apoio” é usado 99 vezes; enquanto a palavra “deve” aparece apenas três vezes. Metas, financiamento e prazos também foram retirados do texto.