De acordo com uma fonte próxima do Comitê Central de Inspeção Disciplinar, a agência anticorrupção do Partido Comunista Chinês, o ex-vice-presidente chinês Zeng Qinghong foi preso e está agora detido na cidade de Tianjin.
O Epoch Times informou em maio que Zeng estava sob investigação e uma forma de “controle interno”, o que tem restringido seus movimentos e minimizado ao máximo suas aparições na mídia. Esta última restrição era evidente pela falta de menção de Zeng na mídia oficial por muitos meses, em contraste com ex-funcionários do mesmo escalão; devido ao fato de ele ser mencionado apenas na mídia chinesa não oficial e sua exclusão de notas ou listas de participação em eventos oficiais do regime.
Zeng, que no auge de seu poder era um membro do órgão mais alto do Partido Comunista Chinês (PCC), o Comitê Permanente do Politburo, foi durante grande parte de sua carreira o confidente mais próximo do ex-líder chinês Jiang Zemin, que governou como chefe do PCC entre 1989 e 2002. Jiang permaneceu mais dois anos como chefe do Comitê Militar Central, o órgão do PCC que controla os militares. Os laços de Jiang e Zeng remontam a Shanghai na década de 1980.
Zeng Qinghong é geralmente conhecido como um politiqueiro consumado, tendo desfrutado postos-chave do setor de petróleo, encarregado de nomeações na burocracia interna do PCC e na administração dos assuntos de Hong Kong. Ele foi descrito como o “agente-executor” de Jiang, sempre pronto com uma conspiração para derrubar um adversário político. É esta propensão por conspirar contra os inimigos que mobilizou o atual líder chinês Xi Jinping a neutralizar Zeng, dizem fontes na China, ou os projetos de Zeng ameaçariam a própria posição de Xi.
Devido ao sigilo notório do PCC e suas turbulentas lutas internas pelo poder, analistas têm por décadas utilizado indicadores indiretos sobre a participação em reuniões, menções na imprensa oficial e outros sinais, para avaliarem a saúde política de vários funcionários e ex-funcionários da elite comunista chinesa.
A última aparição pública de Zeng ocorreu em 14 de maio, quando ele posou para uma foto com Jiang Mianheng, um funcionário do PCC na cidade de Shanghai e filho de Jiang Zemin. Nenhuma mídia oficial informou sobre sua aparição e foi comentado apenas como uma “atividade privada” em outras reportagens. Por outro lado, Zeng foi claramente excluído de notas oficiais de condolências após a morte de um conhecido cineasta de Hong Kong no ano passado, um sinal para os observadores da política chinesa que sua posição política estava em apuros.
A prisão de Zeng Qinghong, e sua detenção em Tianjin, segundo a fonte, indicam que a investigação contra ele progrediu. Não está claro se ou quando haverá um anúncio público sobre o status de Zeng.
Porque Xi Jinping não tem responsabilidade pessoal pela perseguição à prática espiritual do Falun Gong, sua elevação a secretário-geral do PCC foi vista com alarme pelos membros da facção de Jiang Zemin.
De acordo com fontes no PCC, esta facção tentou derrubar Xi Jinping para evitar ser responsabilizada pelos crimes cometidos contra os praticantes do Falun Gong. Em resposta, Xi foi forçado a purgar as fileiras do oficialismo em torno de Jiang Zemin, a fim de garantir seu próprio poder, e Zeng Qinghong seria o mais recente a cair neste expurgo político.