“Falun Gong é legal em nosso país. O Consulado Chinês em Sydney não representa a comunidade australiana chinesa.” Esta foi a resposta de John Hugh, vereador da cidade de Parramatta, à acusação do consulado chinês de que “o sr. Hugh não é bem-vindo por comunidades chinesas”.
O prefeito de Parramatta, um subúrbio de Sydney, convidou o sr. Hugh a celebrar o evento de ano novo chinês no consulado chinês em Sydney, no início de fevereiro. O consulado recusou-se a receber o sr. Hugh e deu a explicação acima.
O sr. Hugh, que é de ascendência chinesa, disse que sabe a verdadeira razão por trás do desprezo do consulado chinês: o sr. Hugh apoia o Falun Gong, um grupo de meditação pacífica que o Partido Comunista Chinês tem perseguido brutalmente nos últimos 16 anos.
Esta não foi a primeira vez que o consulado chinês tentou impedi-lo de participar de eventos da comunidade chinesa local. Quando o prefeito e ele estavam prestes a levar uma delegação para visitar duas cidades na China em junho passado, os funcionários consulares pediram para se encontrarem com eles.
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“Eu pensei que fosse alguns procedimentos comuns de visto, mas a terceira coisa que a pessoa da equipe do consulado mencionou foi: ‘Você apoia o Falun Gong?'”, lembrou o sr. Hugh.
O funcionário disse a ele que o Falun Gong era ilegal. O sr. Hugh respondeu: “É legal em nosso país. Tenho amigos do Falun Gong.” O funcionário aconselhou o sr. Hugh a “manter distância do Falun Gong” e, inclusive, a “romper seus laços com o Falun Gong”. Essas duas frases têm sido frequentemente empregadas em todas as numerosas “campanhas políticas” do regime comunista para reprimir vários grupos e, assim, realizar uma ameaça significativa a quem se opõe à cultura do partido comunista.
O sr. Hugh recusou-se a ceder às exigências descabidas. Diante disso, o vice-cônsul Wang Yun disse ao prefeito que “John Hugh não é bem-vindo”. Em resposta às “recomendações” do consulado, o prefeito disse que, se John não pudesse ir, toda a delegação australiana não iria.
Segundo o sr. Hugh, Wang fez dois pedidos: em primeiro lugar, não participar de quaisquer eventos que apoiam a exposição dos assassinatos do Falun Gong por órgãos na China; segundo, não participar em qualquer caso “político” do Falun Gong.
Wang destacou duas vezes: “Este é um pedido”. Hugh respondeu que ignoraria o seu pedido.
Ele elaborou em sua resposta: “Eu fui acusado de ser contra o consulado chinês porque eu participei do desfile do Dia Mundial do Falun Dafa em maio do ano passado. O Falun Gong é uma organização legal da comunidade. O desfile obteve uma licença da cidade. Como vereador na Austrália, eu não preciso de aprovação de ninguém para participar de um evento da comunidade, não é? Por que o vice-conselheiro de consulado chinês tenta influenciar a minha decisão?”
O sr. Hugh disse que renunciou ao partido comunista e às suas organizações afiliadas no site do Epoch Times, há muitos anos.
Quanto à alegação do cônsul chinês de que “o sr. Hugh não é bem-vindo na comunidade chinesa na Austrália”, ele disse que sua experiência pessoal é completamente oposta. Líderes comunitários chineses têm lhe apoiado tanto em particular quanto em público. Mesmo os líderes que são próximos do consulado chinês enviaram-lhe mensagens de texto de apoio, tais como: “Você fez a coisa certa”.
“Acredito que as pessoas estão conscientes. Elas sabem o que está acontecendo”, disse Hugh, referindo-se a que sua resistência ao consulado chinês já lhe rendeu respeito especial e um vínculo com a comunidade chinesa local.