A palavra suástica deriva do sânscrito – swastikah -, uma antiga língua da Índia, e significa “ser feliz”. Nesse país, o símbolo é relacionado a boa fortuna.
Acredita-se que a origem de todos os seres, assim como de suas ações, está relacionada ao movimento. O movimento incessante do universo produz continuamente coisas novas. Isso também aplica-se à Terra, ao Céu, ao Sol e a todos os planetas. A suástica representa justamente a simbologia do movimento circular, do renascer. Em diferentes culturas significa a reencarnação.
A suástica tem muitos nomes. Na linguagem primitiva dos antigos germanos, ela se chama “Vierfoss” (Base de Fogo).
Segundo estudos, Guido von List, autor austríaco místico anti-semita, foi o responsável pela associação entre a suástica e o nazismo devido ao poder ideológico do símbolo. A “Hakenkreuz”, nome dado à suástica nazista, significa “cruz que abarca tudo” e faz alusão ao criador e ao redentor que salva as pessoas – para os alemães da época, Adolf Hitler.
Em muitas culturas a suástica representa diretamente o Sol, que rege a mudança das estações no decorrer de um ano. “Wan Zifu” é o nome em chinês da suástica. Dentro de um círculo o ideograma também significa “Sol”. Sem o círculo, significa infinito e o número dez mil.
Figurativamente, o símbolo também conota fertilidade, podendo ser visto em estátuas e peças artísticas de vários povos antigos, que colocavam-no nas regiões genitais das obras.
A suástica é encontrada com algumas variações em seu desenho, mas a forma se mantém a mesma, ainda que possua linhas mais retas ou mais curvas com 3, 4, 8 ou mais braços, o significado essencial do símbolo é sempre similar.
A bandeira nacional dos índios Cuna, Panamá
Entre o fim do século XIX e o começo do século XX, ocorreu a Revolução Cuna, que culminou na fundação da República de Tule ou a “República dos Homens”. A suástica é um símbolo desta cultura e, naquele tempo, eles a usavam em uma bandeira listrada com uma suástica no centro.
Com a aparição do nazismo, a bandeira foi modificada, inserindo-se um anel vermelho no eixo central da suástica. Segundo Whitney Smith – vexilologista norte-americano de renome -, os índios Cuna agregaram o circulo que representa um “anel nasal”, porque sabiam que os alemães nunca usariam anéis em seus narizes.
A bandeira também foi utilizada durante a Declaração da Independência do Panamá no final do século XIX ou começo do século XX, segundo a Proclamação do Panamá de fevereiro de 1925.
Suástica na Argentina
Em Bariloche há uma fonte pública com um desenho de labirinto por onde corre a água. Não se sabe qual é o exato propósito do desenho, mas acredita-se que seja para que a água seja purificada em seu trajeto. Outro significado também é atribuido a fonte, como o apoio ao nazismo existente na Argentina.
A fonte tem cinco lados, que medem aproximadamente dois metros e meio de largura, por meio metro de altura cada. Ela encontra-se no centro comercial da cidade de Bariloche. Não se conhece a identidade do escultor.
Os índios Apaches, Estados Unidos
Como muitas outras tribos aborígenes da América, os índios Apaches têm utilizado o símbolo da suástica como ornamento por vários séculos, tanto em peles como em jóias. Os xamãs usavam-na para vários fins, desde a adivinhação do futuro até cerimônias de cura. Igualmente, para as etnias Navajo e Hopi, a suástica simboliza as quatro direções celestiais.
A Cruz Basca, Espanha
A suástica, conhecida em todo país Basco como “Lau-Buru”, que significa “Quatro Cabeças”, também é chamada de Rosa Lauburu ou Suástica Basca.
Os romanos a adotaram quando invadiram o que hoje é o país basco, como símbolo da força bruta e da barbárie moderna. O imperador Augusto a levou desde a cordilheira dos Pirineus até Roma, na Itália, como uma amostra do triunfo diante das tropas bascas. O imperador Constantino a cristianizou, batizando-a como a Cruz do Calvário. Os nazistas a usurparam para promover o seu regime totalitário, mudando a direção da rotação do símbolo e colocando a suástica na posição vertical em cor preta.
Para os Bascos a cruz Lauburu simboliza a humanidade, e é composta de quatro elementos: forma, vida, sensibilidade e consciência. Eles acreditam que esses são os quatro elementos básicos humanos, que se relacionam diretamente com os quatro estados da matéria reconhecidos pela ciência ocidental: sólido, líquido, gasoso e radiante.
A primeira cabeça representa a forma ou a densidade; a segunda, a vida ou a vitalidade; a terceira a sensibilidade; e a quarta o estado de consciência.
O calendário Azteca da Roda do Sol
O calendário Azteca é chamado de “Roda do Sol”, assemelhando-se a uma suástica redonda. Ele mostra as etapas do Sol nas quatro regiões do mundo, durante um ciclo de 52 anos. A roda começa com o 1º ano de Acatls, logo gira à esquerda para o 2º ano de Tecpatls, seguindo para o 3º ano de Callis, para o 4º ano de Tochtlis, 5º ano de Acatls e sucessivamente.
Suásticas Góticas
As três imagens abaixo giram para a direita. Também, pode-se encontrar signos que giram para a esquerda.
Para mais informações sobre a lenda e história da suástica visite: www.swastika-info.com
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