Representantes dos estudantes acampados em frente à sede do PNUD (Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento), em Caracas comunicaram que irão se juntar à marcha dos trabalhadores na quinta-feira, 1º de maio, durante comemoração do Dia do Trabalho. Os trabalhadores de Caracas já anunciaram uma grande convocação para o dia. Eles estão convocando pessoas de outras regiões do país para que se juntem ao movimento.
Gerardo Carrero, um dos líderes estudantis dos Los Palos Grandes, declarou à emissora venezuelana Globovisión que os estudantes sairão às ruas para se juntar a grande marcha pela liberdade contra o governo de Nicolás Maduro. “Sobram razões para marchar e protestar e, digam o que disserem, não vamos sair das ruas”, disse Carrero.
Juan Requesens, presidente da Federação dos Centros Universitários da Universidade Central da Venezuela (UCV) disse que: “Os professores convocaram uma marcha para 1º de maio, Dia do Trabalho, apoiada pelo Movimento Estudantil”. Ele acrescenta que: “Os estudantes não estão alheios aos problemas do trabalhador venezuelano. Por isso, irão acompanhar os professores, em apoio às suas múltiplas queixas contra um governo que viola os direitos trabalhistas à sua vontade”, segundo a Globovisión.
Trabalhadores da área de saúde marcharão junto com professores e estudantes, como foi anunciado pelo presidente da Federação Médica da Venezuela, Douglas León Natera, para denunciar a “morte lenta” a que o governo condenou os hospitais do país. “Médicos, enfermeiros, farmacêuticos, psicólogos, enfim, todos os que pertencem ao sindicato e às associações profissionais participarão desta atividade”, disse ele, salientando que “nunca imaginamos que alguém poderia quebrar as instituições públicas, mas é isso o que estamos vendo nos hospitais da Venezuela onde, infelizmente, o que mais ouvimos é ‘não há vagas’.”
Natera também explicou que a marcha irá exigir a libertação dos profissionais de saúde detidos por socorrer os feridos durante os protestos. “Exigimos liberdade para os médicos de Aragua e Bolívar, e também para o Dr. Lara Orozco, do estado de Lara, que foram injustamente detidos por trabalhar com o Fórum Penal venezuelano”, acrescentou.