Após pedirem a renúncia do czar da segurança, prisão domiciliar e perseguição
Dezesseis oficiais chineses aposentados do Partido Comunista Chinês (PCC) estão agora sob o controle das forças de segurança do Partido depois de escreverem uma carta exigindo a renúncia do chefe da segurança Zhou Yongkang, segundo a imprensa chinesa no exterior.
Os oficiais atraíram a atenção da mídia internacional, e, brevemente, da mídia nacional, após sua carta aberta ser publicada online em 9 de maio. Eles se dirigiram ao presidente chinês Hu Jintao exigindo a renúncia do chefe da segurança doméstica Zhou Yongkang e do chefe do departamento de propaganda Liu Yunshan, dando o passo corajoso de acrescentar seus nomes completos e números de telefone.
Agora, eles estão “sendo controlados” pelo Comitê dos Assuntos Político-Legislativos (CAPL) e pelos oficiais da Segurança Doméstica (Guobao) e da Segurança Nacional (Guo’an), segundo um residente de Zhaotong, Yunnan, no sul da China, de onde são muitos desses oficiais. Ele comunicou a notícia num “telefonema urgente”, publicado no website democrático no estrangeiro Canyu, que originalmente publicou a carta dos oficiais.
Zhou ordenou seus homens da segurança a “assumirem o comando da situação e colocarem esses ‘elementos’ de instabilidade sob estrito controle”, segundo a fonte do Canyu. Os 16 oficiais também foram avisados de que se persistirem em suas demandas, acabarão na prisão ou correm o risco de perderem suas vidas, relatou o Canyu.
Os militares aposentados chamaram o massacre da Praça da Paz Celestial (Tiananmen) de 1989 e a perseguição ao Falun Gong, que começou em 1999 e continua até hoje, de “manchas insuportável” e “vergonhas” em sua carta.
Zhao Zhengrong, um dos principais organizadores do apelo, e Yu Yongqing, autor da carta, estão sob estrita vigilância, disse a fonte do Canyu. Os celulares parecem ter sido cortados, e agentes da segurança estão estacionados diante de suas casas 24 horas por dia, disse a fonte do Canyu.
Em 22 de maio, o Epoch Times tentou comunicar-se com cada um dos 16 oficiais por meio de seus números de telefone listados na carta, o que funcionou anteriormente, mas desta vez nenhuma das chamadas passou.
Os 16 oficiais, a maioria dos quais com mais de 80 anos, são membros veteranos do Partido Comunista e têm experiência de campanhas políticas do Partido de muitas décadas. Alguns dos oficiais foram acusados de serem “direitistas” durante as campanhas de retificação de Mao Tsé-tung, com alguns sofrendo intensa perseguição. Depois da era Mao, muitos dos oficiais retomaram suas posições como chefes de cidades, distritos e departamentos de segurança pública na província de Yunnan, de acordo com Canyu.
“Espero que todo o Partido e as pessoas em todo o país prestem muita atenção ao que esses oficiais estão enfrentando, e não permitam que a Segurança Doméstica e os Departamentos Nacionais de Segurança persigam e aterrorizem-nos”, disse a fonte do Canyu. “Eu particularmente peço a Hu Jintao e ao primeiro-ministro Wen Jiabao que os protejam e não permitam a maldade de Zhou Yongkang, que suprime as forças da democracia dentro do Partido.”