Até esta sexta-feira (30/03), a Escola de Artes, Ciências e Humanidades (EACH), da Universidade de São Paulo (USP), apresenta a Exibição Internacional de Artes “Verdade Benevolência Tolerância”. As pinturas retratam a perseguição do regime comunista chinês, que já dura 13 anos, aos praticantes do Falun Dafa, uma prática tradicional chinesa pacífica de meditação.
A realidade apresentada nos quadros sobre a perseguição era desconhecida por muitos visitantes. Mesmo assim, a Exibição foi muito bem recebida por alunos, professores e funcionários, gerando reflexões no público.
“O aspecto mais importante da Exibição foi apresentar uma realidade que era desconhecida por muitos. Acredito que várias pessoas não conheciam o Falun Dafa e a perseguição que existe. Conhecer realidades diferentes é muito importante, ainda mais num ambiente universitário”, disse Fábio Venâncio, organizador da Exibição na EACH em entrevista exclusiva ao Epoch Times.
“A exibição foi bem recebida pela comunidade da EACH. Há sempre professores, alunos e funcionários vendo as obras da exibição ao longo do dia”, acrescentou ele.
A estudante Bellisa Julia Monteiro, de 19 anos, do curso de Gerontologia, achou que a Exibição transmite certa tristeza, pois tem algumas imagens com rostos tristes, e com lágrimas.
O vigilante patrimonial Thiago Fernandes de Camargo, de 28 anos, expôs sua reflexão sobre a liberdade de crença após ver a Exibição.
“Acho que nós temos que ter liberdade de expressão e crença. Temos o direito de manifestar quem somos e no que acreditamos”, disse Thiago.
Ele afirmou que primeiramente ficou um pouco chocado, porque quem paga por essa falta de liberdade na China são mulheres, crianças e idosos. Ele disse que a Exibição trouxe um pouco do sofrimento que eles passam na China e se compadeceu por essas pessoas, se colocando no lugar delas.
“Eu vi pela internet as pessoas colocadas numa cela minúscula, como se estivessem encaixotadas. Eu acredito que isso tem de mudar. Não sei se a gente influenciaria ali, mas na verdade somos nós que permitimos isso. Hoje, a China é o país que mais cresce economicamente, mas quem consome esses produtos? Somos nós! Nós que estamos ali comprando, colaborando para benefício de quem? Da população [da China]? A China tem um dos maiores índices de desigualdade social, então, nós estamos enriquecendo os próprios líderes [do Partido Comunista]. São essas pessoas que fazem essa perseguição, nós estamos permitindo que eles continuem no poder”, afirmou ele.
A exibição é composta de 22 pinturas da Academia de Artes Fei Tian, sediada em Nova York. Já passou por mais de 200 cidades em 40 países. As pinturas contam, por meio da arte, a experiência dos artistas, os quais, muitos deles, foram vítimas da perseguição que ocorre até hoje na China.
A Exibição, no Brasil, foi organizada pela Associação do Falun Dafa do Brasil. Desde 12 de março, a Exibição vem sendo apresentada na EACH.
Quatro faculdades já receberam a Exibição na cidade de São Paulo: Anhanguera Educacional; Pontifícia Universidade Católica (PUC), em Perdizes e em Barueri; e na Universidade Estadual Paulista (UNESP).
A prática do Falun Dafa originou-se na China em 1992 e ensina seus praticantes a desenvolverem valores morais mediante aplicação dos princípios de verdade, benevolência e tolerância. O Partido Comunista Chinês, em 1999, ordenou a perseguição aos praticantes, cerca de 100 milhões de chineses. Hoje, os praticantes de Falun Dafa resistem pacificamente à campanha de repressão e a prática é difundida em mais de 80 países, segundo o website da EACH.