Um grupo de cientistas desenvolveu um sistema de transmissão de dados utilizando feixes retorcidos de luz que permitiu atingir uma velocidade de 2,56 terabits por segundo, informou a Universidade do Sul da Califórnia (USC).
O relatório publicado dia 26 explica que este pode ser comparado com o cabo de banda larga, que suporta uma velocidade de 30 megabits por segundo. O novo sistema trançado transmite a luz com 85 mil vezes mais dados por segundo.
Seu trabalho pode ser usado para construir conexões de alta velocidade na comunicação por satélite, conexões terrestres ou, potencialmente, serem adaptadas para uso em cabos de fibra óptica, que são usados por alguns provedores de internet, informa a Universidade.
“Você pode fazer coisas com a luz, que não pode fazer com a eletricidade”, diz Alan Willner, professor de engenharia elétrica da Escola Viterbi de Engenharia da USC e autor do artigo publicado em revistas científicas, sobre a pesquisa.
“Essa é a beleza da luz, é um monte de fótons que pode ser manipulado de muitas maneiras diferentes, a uma velocidade muito alta”, acrescenta Alan Willner.
Os pesquisadores foram capazes de manipular oito feixes de luz e a cada um foi codificado os dados “1” e “0” bits.
A equipe realizou testes em espaço aberto para simular a comunicação por satélite, mas anunciou que a próxima demonstração será adaptada à fibra óptica. “Nós não inventamos a torção da luz, mas emprestamos o conceito”, disse Willner.
Sua equipe incluiu Jian Wang, um professor da Universidade de Huazhong; Jeng-Yuan Yang; Irfan M. Fazal; Nisar Ahmed; Yan Yan; Hao Huang; Yongxiong Ren e Yang Yue da USC. E também Samuel Dolinar do Laboratório de Propulsão a Jato da NASA e Moshe Tur da Universidade de Tel Aviv. Esta pesquisa foi financiada pela DARPA (Agência de Projetos de Pesquisa Avançada de Defesa).