O ‘Fundo das Nações Unidas para a Infância’ (UNICEF) divulgou um relatório na segunda-feira sobre a luta contra o raquitismo, uma doença que afeta cerca de 165 milhões de crianças menores de cinco anos.
O relatório confirma, destacando a experiência peruana, que os primeiros mil dias de vida para a criança, incluindo a gravidez da mãe, são fundamentais para o bom desenvolvimento da criança e para acabar com a desnutrição crônica.
Deve-se “melhorar a nutrição das mulheres antes, durante e depois da gravidez e promover a proteção da lactância materna imediata e exclusiva durante os primeiros seis meses de vida”, assinala o documento.
O relatório, intitulado “Melhorar a nutrição infantil: imperativo viável para o progresso global”, publicado em Dublin, Irlanda, destacou a experiência peruana.
Paul Martin, representante da UNICEF, destacou que o trabalho conjunto do governo, famílias, lideranças comunitárias, empresas privadas, ONGs, mídia e da cooperação internacional.
“O Peru cumpriu sua meta de alcançar o Objetivo de Desenvolvimento do Milênio das Nações Unidas”, disse Martin, confiante de que se conseguirá reduzir o raquitismo a 10% até 2016, informou a mídia peruana.
Especialistas do UNICEF dizem que para a criança não ter problema de raquitismo, a mãe deve ter nutrição adequada durante a gravidez e a alimentação nos dois primeiros anos de vida da criança é fundamental para seu desenvolvimento.
As estatísticas mostram que uma em cada quatro crianças menores de cinco anos não consegue ter bom desenvolvimento devido à desnutrição crônica e outros problemas de saúde.
Estes problemas não só afetam o desenvolvimento do corpo da criança, mas também podem afetar o desenvolvimento do cérebro e da capacidade cognitiva, disse Werner Schultink, chefe de nutrição da UNICEF.
“As células cerebrais se desenvolvem menos e diminuem seu número. Isto leva a um declínio no desempenho escolar e, eventualmente, também na vida profissional”, afirma Schultink.
O UNICEF destacou o trabalho que ocorre em países como Haiti, Etiópia, Índia, Nepal, Ruanda, Congo, Sri Lanka e, especialmente, o Peru, onde o raquitismo foi reduzido em dois terço entre 2006 e 2011.
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