Os oficiais que preferiram o anonimato, disseram à Reuters que há uma série de planos de contingência preparados, embora também tenham dito que não esperam que sejam necessários. Os oficiais que falaram à agência de notícias disseram que não podem imaginar a Grécia deixando a moeda.
Especificamente, os ministros das Finanças falaram sobre como limitar o volume dos saques em caixas eletrônicos, impor controles de fronteira e criarem controles de capital.
O jornal Ekathimerini informou recentemente que entre 7,5 bilhões e 8,75 bilhões de dólares foram retirados dos bancos na Grécia no mês passado. Nos últimos dias, as retiradas têm aumentado.
“Planejamentos de emergência estão em curso para um cenário em que a Grécia saia”, disse uma fonte envolvida nas negociações à Reuters. A fonte acrescentou, “Estas não são discussões políticas, essas são discussões entre os especialistas em finanças que precisam estar preparados para qualquer eventualidade.”
O planejamento, segundo ele, é “sensível”, porque qualquer coisa poderia acontecer no “pior cenário”.
Outro funcionário enfatizou, “Todos os planos de contingência (para a Grécia) retornam a mesma coisa: Ser responsável como um governo é prever até o que você espera evitar.”
A Grécia realizará novas eleições no domingo, após a votação do mês passado não conseguir produzir um governo. O principal ponto de desacordo foi sobre como lidar com as medidas de austeridade altamente impopulares impostas pela União Europeia e pelo Fundo Monetário Internacional como parte do acordo de darem à Grécia o mais recente pacote de resgate de 170 bilhões de dólares.
É esperado que o partido de extrema-esquerda Syriza, que se opõe aos cortes, se saia bem nas eleições, possivelmente até ganhe a maioria.
Na terça-feira, Alexis Tsipras, o líder do Syriza, reiterou que seu partido não formará um governo de unidade com os partidos que defendem o resgate da UE. Mas acrescentou que quer manter a Grécia na zona do euro.
“Se um dos 17 países [da zona do euro] entrar em colapso… o fogo se tornará incontrolável e não será limitado à Grécia e aos países do sul… isso acabará com a zona do euro e não interessa a ninguém”, alertou ele, segundo o Wall Street Journal.