Uma chave para a juventude eterna

13/03/2012 00:00 Atualizado: 13/03/2012 00:00

A juventude eterna, um sonho possível? (Photos.com)

A ciência atual teria encontrado a chave para uma juventude eterna? Essa incrível descoberta capaz de rejuvenescer é uma enzima preciosa chamada “telomerase”, que protegeria os cromossomos do envelhecimento.

Atualmente, seria possível rejuvenescer as células de seu corpo e ainda fazer rejuvenescer seus órgãos muitos anos? Para compreender melhor o fenômeno, é indispensável saber o que é um telômero e o papel que ele desempenha em nosso corpo.

Os cromossomos são constituídos de DNA em forma de X, que são formados de aminoácidos chamados nucleotídeos. Esses nucleotídeos têm o papel de conservar as informações genéticas. Cada ramo do X é revestido de um capuz protetor formado por aminoácidos chamados “telômeros”.

O papel do telômero não é somente o de proteger as informações genéticas, mas também o de desempenhar um papel importante ajudando o DNA a se replicar mais facilmente permitindo a divisão celular. Este processo dá origem a novas células que contribuem no rejuvenescimento dos órgãos do corpo.

“Então tudo isso é positivo”, você me dirá! Bem, as coisas se complicam quando, a cada divisão celular, os telômeros humanos perdem dezenas ou centenas de aminoácidos e se tornam cada vez mais curtos, simplesmente porque eles são programados desta forma.

Após diversas pesquisas feitas sobre este assunto, parece que quanto mais longos são os telômeros, mais facilmente as células podem se reproduzir e regenerar os órgãos do corpo. Além disso, elas são protegidas contra o risco de câncer. Entretanto, no caso dos telômeros curtos, as células demorarão mais tempo para se renovar até não poder mais se renovar completamente. É quando aparece o envelhecimento e o material genético se torna menos protegido, pois os telômeros não atuam mais como protetores dos genes.

De acordo com a Dra. Andrea Bodnar, da sociedade californiana Geron Corporation, e seus colaboradores, o desgaste dos telômeros acarreta o envelhecimento celular, favorecendo doenças como hipertensão, diabete, aterosclerose, fibrose, doenças cardiovasculares, Alzheimer, infecções, câncer, etc. Segundo eles, as células imunológicas não se replicam suficientemente rápido para lutar contra infecções de todos os tipos.

A descoberta da telomerase pela austro-americana Elisabeth Blackburn e os americanos Carol Greider e Jack Szostak (prêmio Nobel de medicina em 2009 por suas descobertas) adicionaram uma nova dimensão a nossa compreensão das células. A telomerase, também chamada de “enzima do rejuvenescimento”, é uma substância que alongaria os telômeros e poderia ainda reverter todo o processo de envelhecimento do ser humano.

Esta descoberta poderia ser uma revolução, pois essa enzima protetora dos cromossomos do envelhecimento seria a chave da juventude eterna.

De acordo com o professor Michael Fossel, da Universidade Estadual de Michigan (EUA), os pesquisadores já rejuvenesceram células da pele em laboratórios e estão convencidos de reverter todo o processo de envelhecimento do ser humano. O princípio é reprogramar as células para forçá-las a fazer o que faziam quando eram jovens.