No fim de semana, eu fotografei um desfile colorido realizado num dos bairros comerciais mais movimentados de Seul. O clima era principalmente calmo e amigável e parecia mais uma festa ou um festival do que um apelo pelo fim da maior ditadura totalitária do mundo.
Havia uma banda, uma trupe com tambores de cintura chineses e centenas, possivelmente milhares, de pessoas segurando bandeiras e faixas. Havia coreanos, chineses e uma pitada de ocidentais no meio da multidão. Havia crianças em carrinhos de bebê, idosos que pareciam estar em seus oitenta e cada idade entre os dois. Eles comemoravam a renúncia de 125 milhões de pessoas ao Partido Comunista Chinês (PCC) e a suas organizações afiliadas.
Claramente, não era uma marcha patriótica ou um evento anti-China. Não houve agressão ou sinal de raiva exibido. Nenhuma efígie foi queimada e não houve pedidos de vingança ou retaliação. De fato, as tensões recentes entre a Coreia do Sul e a China, como a pesca ilegal chinesa, nem sequer foram mencionadas.
O desfile foi organizado por um grupo chamado “Centro de Assistência Global para Renunciar ao PCC”. Eles têm estimulado o povo chinês a abandonar o PCC e documentado seu êxodo desde 2004. A mensagem do Centro de Assistência Global é que o PCC não tem um monopólio da cultura chinesa; que o PCC cometeu e continua cometendo crimes contra a humanidade; e que renunciando ao PCC o povo chinês pode fazer sua parte em reparar parte dos danos.
Aqui estão alguns números. Segundo o Banco Mundial, havia 1.344.130.000 pessoas na China em 2011, dos quais apenas cerca de 80.270.000 são oficialmente membros do PCC. Agora, você deve estar se perguntando, como podem 125 milhões de pessoas saírem do PCC quando só há pouco mais de 80 milhões de membros? Porque praticamente toda criança na China deve prometer amar e servir o PCC quando ainda está na escola. Então, o que muitas pessoas estão fazendo de fato é desfazer os seus votos. Eles estão afirmando que não têm amor pelo PCC e não querem mais servi-lo.
Em seu website, o Centro de Assistência Global afirma, “Muitos lembram seu sofrimento durante o Grande Salto para Frente, a Revolução Cultural ou a supressão ao Falun Gong. E enquanto algumas pessoas foram vítimas das numerosas campanhas violentas do Partido Comunista, outras foram violadoras dos direitos humanos que agora buscam absolvição e perdão por sua cumplicidade.”
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