A União Europeia manifestou nesta segunda-feira (14) sua “profunda preocupação” com a prisão de 89 Damas de Branco e 9 homens no domingo em Havana, em Cuba, durante um protesto na rua.
“A União Europeia lamenta o incremento, nos últimos meses, das prisões temporárias e pede às autoridades cubanas que autorizem as reuniões pacíficas”, destacou seu porta-voz.
No domingo, uma centena de opositoras cubanas foram detidas durante uma caminhada para assistir uma missa em Havana, por ocasião do 20º aniversário do naufrágio de um rebocador – interceptado por quatro navios – que deixou 37 mortos em 13 de julho de 1994.
Para lembrar a tragédia, uma flotilha formada por exilados cubanos nos Estados Unidos navegou até o limite das águas territoriais diante de Havana para soltar fogos de artifício durante a noite.
O grupo, fundado em 2003 por familiares de presos políticos, é o setor mais visível da oposição cubana e o único que tem autorização, desde 2010, para realizar protestos nas ruas.
Em fevereiro, a União Europeia lançou um processo de normalização de suas relações com Cuba, regido pela chamada “Posição Comum”, que condiciona os contatos e intercâmbios à situação dos direitos humanos, civis e políticos na ilha.