Depois de se reunirem em Bruxelas, na Bélgica, os ministros do Exterior e da Defesa da União Europeia anunciaram ontem (18) uma operação naval e aérea para combater o tráfico de imigrantes no Mediterrâneo, segundo informou a Agência Brasil. A missão inicial tem como objetivo destruir barcos e prender traficantes de pessoas que agem no litoral da Líbia. Para que a operação seja iniciada em mares líbios, é necessário a permissão do Conselho de Segurança da Organização das Nações Unidas (ONU).
No calor do encontro desta segunda-feira (18), a chefe da Política Externa da União Europeia, Federica Mogherini, mencionou o fim da fonte de rendimento das máfias como objetivo da missão: “O ponto fundamental não é a destruição das embarcações, mas antes a destruição do modelo de negócio dos traficantes.” Ela destacou que, com a melhora do clima, mais pessoas migrarão ilegalmente ao longo do Mediterrâneo. “Há um claro senso de urgência”, disse, acrescentando que gostaria de ter uma operação em funcionamento o mais rápido possível, até junho.
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O secretário-geral da Organização do Tratado do Atlântico Norte (Otan), Jens Stoltenberg, aplaudiu “o diálogo entre a UE e a ONU para a produção do mandato”, que é necessário para que a União Europeia consiga avançar com uma intervenção no Mar Mediterrâneo. Ele salientou, após a reunião, que terroristas podem estar misturados aos imigrantes que chegam à Europa, o que, segundo ele, acentua a urgência e a importância de uma resposta satisfatória da União Europeia ao assunto.
O ministro das Relações Exteriores da Alemanha, Frank-Walter Steinmeier, frisou, entretanto, que “os próximos passos só serão dados quando as bases legais forem estabelecidas”.