Mais de 900 detidos e numerosos feridos na manifestação de sábado, considerada a mais violenta dos últimos anos
O que começou na sexta-feira como uma manifestação contra o corte de árvores num parque na Turquia expandiu no sábado envolvendo outros grupos de oposição no país.
Os protestos já duram seis dias, mas a mídia local definiu o nível de violência desencadeado pelos eventos da noite de sexta-feira e sábado como o mais grave dos últimos 11 anos. Embora mostre sinais de estar enfraquecendo, a agitação continua na Praça Taksim em Istambul e em outras cidades, incluindo Besikas, Ankara, Tzmir e Adasa.
O Ministério do Interior informou que 900 pessoas foram presas e dezenas de policiais, jornalistas e manifestantes ficaram feridos. A BBC descreveu “dezenas de milhares de feridos”.
Durante a noite, muitas pessoas permaneceram nas ruas e acenderam fogueiras. O presidente turco Recep Tayyip Erdogan pediu à oposição que terminasse as manifestações, no entanto, vozes nas mídias sociais espalharam que continuarão hoje.
O caos irrompeu em Istambul na sexta-feira após a polícia impor a força o fim de um protesto contra o corte de árvores num parque da capital pela construção de um centro comercial. Após essa manifestação, a insatisfação popular se espalhou pelo país de sábado em diante.
Para os moradores, “não se trata de um parque”, pelo menos não apenas de um parque. “Isso é abuso de poder do Estado”, disse um dos manifestantes a um jornalista do Epoch Times em Istambul. O entrevistado disse que havia voado para Istambul da cidade de Bodrum, a 500 quilômetros de distância, para se manifestar.
“Trata-se da censura da mídia, trata-se da democracia. A polícia está atacando pessoas inocentes”, acrescentou ele.
A repressão do protesto foi amplamente divulgada nas mídias sociais, ganhando o apoio de outras cidades, que se juntaram aos manifestantes. Em Bruxelas, Londres e Dubai, centenas de turcos se reuniram com bandeiras e acusaram o governo de ser violento e autoritário.
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