O governo turco anunciou na quinta-feira que tem o direito de atacar os membros do Partido dos Trabalhadores do Curdistão (PKK) no interior da Síria, acusando Damasco de dar rédea solta a organização em várias áreas do país.
“Eles agora estão tentando criar uma situação consistente com seus interesses, exibindo retratos do líder da organização separatista terrorista”, disse o primeiro-ministro turco Recep Tayyip Erdogan à televisão turca, conforme citado pela publicação Al-Bawaba.
O presidente Bashar Assad “deu as cinco províncias do norte aos curdos e sua organização terrorista”, disse Erdogan, referindo-se ao PKK.
Os rebeldes PKK e a Turquia vêm lutando desde 1984. Os Estados Unidos e outros governos ocidentais consideram o PKK uma organização terrorista e o PKK também tem bases e uma grande presença na região semiautônoma do Curdistão iraquiano, que faz uma pequena fronteira com o nordeste da Síria.
“Isso nem mesmo está para discussão, isso é óbvio. É nossa missão” conduzir a perseguição dos rebeldes do PKK na Síria, comentou Erdogan.
Uma vez grandes aliados, as relações entre a Turquia e a Síria pioraram nos últimos meses depois que a Síria derrubou um jato F-4 turco. A Turquia também posicionou baterias antiaéreas, tropas e artilharia pesada perto da fronteira.
Dezenas de milhares de refugiados sírios têm inundado a Turquia nestes 16 meses de violência.