Explorando a dor enorme que significou para as Filipinas o tufão Haiyan (ou Yolanda) o desastre vem sendo relacionado pela mídia ambientalista com o “aquecimento global”.
O viés alarmista que aflora em certos noticiários é de molde a impressionar o público para alguma decisão demagógica que possa adotar a 19ª Sessão da Conferência das Partes (COP 19) (Nineteenth session of the Conference of the Parties) agora reunida em Varsóvia.
A COP 19 é a reunião mais importante sobre clima do ano e tem o objetivo de ‘preparar o terreno’ para um novo acordo global climático em 2015.
Marc Morano, do “Climate Depot” preparou um valioso apanhado das posições dos cientistas e dos jornais, das verdades e das falsificações, sobre o grande tufão.
Brian McNoldy, especialista em tempestades da Universidade de Miami, criticou a apresentação tendenciosa no noticiário alarmista: “Nós não podemos pegar as tempestades e pinçar as que nós achamos que se devem a um clima mais quente e quais não.”
“Embora o tufão Haiyan seja absolutamente impressionante, não é o único. Ele está no nível elevado de um punhado de outros ciclones tropicais verificados através das décadas pelo mundo todo.
“Haiyan foi o tema deste ano em matéria de clima porque muitos outros não foram tão impressionantes. Os ciclones tropicais extremamente intensos são raros, mas sempre fizeram parte da natureza — nós não precisamos procurar neles argumentos em nosso favor.”
Gabe Vecchi, oceanógrafo da National Oceanic and Atmospheric Administration (NOAA) que não faz parte dos cientistas ditos ‘céticos’, afirmou que se o ‘aquecimento global’ influenciou o Haiyan, certamente não foi de maneira significativa. “Eu acho que a contribuição do ‘aquecimento global’ à intensidade extrema do tufão Haiyan deve ser pequena.”
O Prof. Roger Pielke Jr. criticou a mídia pelos exageros: “Uma tempestade poderosa não precisa ser supermagnificada. A realidade já é bastante ruim… O Serviço Meteorológico das Filipinas calculou ondas de 18 pés geradas pelo Haiyan. Mas o show de Anderson Cooper na CNN falou por volta de 22-32 pés.” “Por que é que exageraram com falsas afirmações como ondas de 40-50 pés?” (ainda no programa da CNN de Anderson Cooper)
O Serviço Meteorológico das Filipinas alertou para o fato de que “algumas noticias sobre a velocidade dos ventos foram exageradas”.
Este tipo de tufões foi muito mais frequente na Pequena Idade Glacial, obviamente não influenciados pelo “aquecimento global de origem humana”. Assim indica a reconstrução paleoclimática dos furacões que atingiram a China nos períodos de 1660–1680 e 1850–1880.
O meteorologista Joe Bastardi explicou: “Se você estudou verdadeiramente os tufões, por maior que tenha sido o Haiyan, você não abriria a boca para dizer que foi o maior que já houve.”
O Haiyan tocou a terra com as características de um tufão de categoria 4, uma abaixo do máximo possível, acrescentou.
“De acordo com os dados oficiais os ventos atingiram 235 km por hora com picos de 275 km por hora quando chegou a terra. Segundo estas medições Haiyan é comparável a um furacão forte da categoria 4 nos EUA quase no topo da categoria, e perto da 5.”
Porém, “cada vez que há uma tempestade forte, alguém com influência na mídia solta um comentário bombástico. A imprensa pega e espalha, e isso se transforma numa lenda sagrada. Depois, por mais que haja estudos científicos, não há jeito de desmentir essa lenda.”
Os jornais britânicos insistiram em que “enquanto a mudança climática continue, devemos aguardar tempestades ainda mais devastadoras”. E atribuíram essa afirmação a meteorologistas mencionados genericamente.
Para o meteorologista Dr. Ryan Maue essas afirmações “são apenas as primeiras de muito lixo que ainda vai vir”.
E acrescentou: “Nos últimos 1.000 anos as Filipinas foram golpeadas por 10 a 20 mil ciclones tropicais. Não sejam tão arrogantes de achar que o homem provocou o Haiyan.”
O engraçado, disse Maue, é que a informação de má qualidade que diz que foi a “maior tempestade já registrada” fala sem nenhuma confirmação de fonte independente. Ela se apoia apenas no blog do aquecimentista Jeff Masers.
Bob Tisdale mostrou que “não há nada inusualmente aquecido ou anomalias na temperatura do mar na área percorrida pelo tufão Haiyan”.
As argumentações aquecimentistas também não resistem quando comparadas com a afirmação aceita pelas mesmas fontes de que o ‘aquecimento global’ entrou numa “pausa”.
Para o aquecimentista John Vidal do jornal britânico “The Guardian” o “que realmente alarma aos filipinos é que o mundo rico está ignorando a mudança climática”. No comentário entra o espírito de luta de classes planetária.
Mas, isso não é ciência nem honesto ambientalismo. É ideologia que não serve às infelizes vítimas do fenômeno natural que agora estão pensando em se alimentar, curar as feridas, recuperar seus bens ou encontrar seus parentes desaparecidos.
Para a aliança verde-vermelha – ambientalista-socialista – a realidade, as vítimas ou a tragédia moral interessam pouco: só quer explorá-las para tirar delas sofismas para derrubar a civilização.
Esta matéria foi originalmente publicada pelo blogue Verde: a cor nova do comunismo