Tropas francesas se deslocaram para duas cidades críticas no Norte do Mali, tomando-as de militantes islâmicos, disse o ministro da defesa da França na segunda-feira.
Antes disso, as tropas do Mali tinham se deslocado para a cidade de Diabaly, que fora invadida por militantes islâmicos há uma semana, e para cidade de Douentza, na segunda-feira, informou a Reuters.
“Este avanço do exército do Mali sobre cidades controladas por seus inimigos é um sucesso militar para o governo de Bamako e para as forças francesas que apoiam as operações”, disse o ministro da defesa francês Jean-Yves Le Drian num comunicado obtido pela Reuters.
Um comboio de aproximadamente 30 veículos blindados chegou à cidade transportando cerca de 200 tropas francesas e do Mali, informou Al-Arabiya. Eles não encontraram resistência.
Moradores disseram à rede que alguns dos militantes – que pertencem principalmente ao ramo da Al-Qaeda no Norte da África e grupos militantes alinhados – se disfarçaram para se misturar com a população local e evitar serem capturados ou mortos, segundo a Reuters.
Apesar dos ganhos, o ministro da defesa francês, que chamou a operação de uma “reconquista total” do Mali, advertiu que pode haver minas e armadilhas nas proximidades.
A França enviou cerca de 2 mil tropas terrestres e tem usado ataques aéreos para suavizar as defesas dos rebeldes. Os rebeldes planejavam marchar sobre a capital maliana de Bamako antes de a França intervir mais de uma semana atrás.
A maioria dos rebeldes em Diabaly escapou das forças francesas e do Mali, inclusive dos ataques aéreos.
Le Drian disse no domingo que os aviões franceses Mirage bombardearam campos islâmicos e bases logísticas em torno da cidade de Tombuctu e Gao, a maior cidade no Norte do Mali, segundo a Reuters.
Um morador local em Timbuktu disse à agência que dezenas de rebeldes chegaram à cidade histórica por meio de comboios desde sábado.
William Spindler, porta-voz do Alto Comissariado da ONU para Refugiados, disse a France24 que com a luta houve um aumento de refugiados que procuram evadir-se do conflito. Houve cerca de 2.744 novos refugiados chegando em países vizinhos desde que a França interveio em 10 de janeiro.
Ele disse que cerca de 147 mil refugiados migraram para Burkina Faso, Mauritânia, Níger e Argélia desde que os rebeldes se deslocaram no ano passado.
Enquanto isso, o primeiro-ministro argelino Abdumalik Salal disse na segunda-feira que cerca de três dúzias de “terroristas” que contribuíram para a crise dos reféns no Sul da Argélia eram do Norte do Mali, informou Al-Arabiya.
Salal disse que o grupo criou a situação dos reféns para fazer pressão sobre as tropas francesas e do Mali que lutavam neste país. Cerca de 37 reféns, provenientes de oito países diferentes, foram mortos pelos militantes. A situação de cinco outros reféns ainda não está clara, disse ele.
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