Em 2010, a UFRJ venceu uma longa batalha judicial contra os antigos donos e assumiu a casa. Quatro anos depois, o Canecão é um prédio fantasma, abandonado, e segundo técnicos parte da estrutura já está condenada. O isolamento acústico se perdeu e a vitória judicial da universidade significou a morte de uma das mais vibrantes e icônicas casas de show do país. Não há previsão de reinauguração da casa.
O Canecão foi por muitos anos a principal casa de shows do Rio de Janeiro e uma das principais do Brasil. Hoje é apenas um lixão da UFRJ, a faculdade que abriga o DCE que queria morte aos cristãos.
Leia também:
• O Brasil ainda é o Brasil?
• Eles defendem o governo e nós pagamos a conta
• Lula participa de entrega de apartamentos em evento com MTST em SP
Inaugurado em 1967, o Canecão foi palco de apresentações dos grandes nomes da música brasileira e alguns shows históricos como o da volta de Raul Seixas mostrado no documentário “Raul – O Início, o Fim e o Meio” e de Cazuza, pouco antes de morrer, um momento único que é mostrado no filme “Cazuza – O Tempo Não Para”.
Na parede da casa, uma das mais importantes obras de um artista plástico brasileiro: o mural pintando por Ziraldo em 1967 com 32 metros de comprimento e 6 metros de altura. É uma obra impressionante, recentemente digitalizada, de deixar qualquer um de queixo caído.
Em 2010, a UFRJ venceu uma longa batalha judicial contra os antigos donos e assumiu a casa. Várias pichações apareceram como “cultura não é mercado”, “o Canecão é da UFRJ e do povo” e palavras de ordem do gênero.
Quatro anos depois, o Canecão é um prédio fantasma, abandonado, e segundo técnicos parte da estrutura já está condenada. O isolamento acústico se perdeu e a vitória judicial da universidade significou a morte de uma das mais vibrantes e icônicas casas de show do país. Não há previsão de reinauguração da casa.
Se você quer ter uma ideia do que seria um país administrado pela mentalidade dos pichadores da UFRJ, o Canecão te dá uma boa ideia.