O Tribunal Constitucional da Tailândia resolveu hoje (7) retirar do cargo a Primeira-ministra, Yingluck Shinawatra, e também diversos integrantes de seu gabinete, por transgressão à Constituição e abuso de poder. Ela é acusada de ter despedido um alto oficial de
maneira inapropriada, segundo o jornal Bangkok Post.
Em 2001, Shinawatra serviu-se de seu cargo para trocar o Secretário-Geral do Conselho de Segurança Nacional, Thawil Pliensri. Posteriormente, ele foi restituído por deliberação de um tribunal administrativo. A justiça tailandesa avaliou que a atitude da Primeira-ministra foi adotada para beneficiar a promoção de parentes e indivíduos vinculados ao governo. Shinawatra será substituída pelo atual ministro do Comércio e vice Primeiro-ministro e novas eleições gerais serão realizadas.
Yingluck Shinawatra é irmã mais nova do antigo Primeiro-ministro, Thaksin Shinawatra, que foi destituído em 2006 por um golpe militar. Ela é considerada testa de ferro do irmão.
O atual cenário político na Tailândia é complicado e a deposição de Shinawatra vai torná-lo ainda mais difícil. Há seis meses a população exige a deposição da Primeira-ministra. Ela havia consentido em marcar eleições para julho, mas até o momento não havia tornado oficial.
Os adversários do atual governo foram às ruas para comemorar a sentença do tribunal. Os manifestantes pleiteiam a reestruturação do sistema político, avaliado como corrupto e a serviço do ex-Primeiro-ministro.