Tribunal reverte impeachment do presidente romeno

22/08/2012 15:16 Atualizado: 24/08/2012 19:13
O Presidente romeno Traian Basescu se prepara para fazer um discurso em frente ao Parlamento romeno, em 6 de julho, em Bucareste. (Andrei Pungovschi/AFP/GettyImages)

O impeachment do presidente da Romênia, Traian Basescu, foi determinado inconstitucional nesta terça-feira (21) pelo Tribunal Constitucional do país.

“Nós constatamos que a condição quorum necessária para o plebiscito não foi cumprida”, disse o presidente do Tribunal, o juiz Augustin Zegrean, de acordo com EU Observer. Zegrean disse que Basescu agora deve voltar ao escritório.

Ele foi cassado num plebiscito no mês passado, mas o tribunal disse que o lance foi inválido porque o número de eleitores estava abaixo do limiar de 50 %.

O presidente romeno ativo, Crin Antonescu, concordou em respeitar a decisão e aguardar enquanto ainda comentam que Basescu é “ilegítimo” para ser presidente. “À luz do resultado do referendo ainda permanece que Traian Basescu foi demitido de sua posição”, disse ele.

O Partido Popular de centro-direita Europeu no Parlamento Europeu disse às autoridades romenas para respeitar a decisão do Tribunal.

 “O povo romeno precisa de uma liderança política responsável que foque sobre a reforma e desenvolvimento do seu país e não sobre as agendas políticas pessoais de líderes socialistas e liberais”, disse Joseph Daul, que lidera o grupo do PPE, de acordo com a publicação do Euractiv.

Quando Basescu retornar ao escritório, ele continuará a ser uma figura impopular na política romena porque apoiou os cortes de salários e aumentos de impostos como condições prévias para garantir um pacote de resgate de 25 bilhões de dólares da União Europeia, no Fundo Monetário Internacional (FMI) e no Banco Mundial em 2009.

Basescu disse que é hora de resolver os problemas da Romênia. “Temos de restaurar um funcionamento democrático na Romênia, e restaurar a nossa credibilidade”, disse ele, de acordo com o Euro News.

Um acordo de cinco bilhões de euros suspenso com o FMI corre risco caso o país não volte aos negócios de cortar gastos e políticas de austeridade, relatou a Euro News.