Um tribunal de Hong Kong ordenou que manifestantes do “Ocupar Centro”, acampados em frente à sede do HSBC, têm 14 dias para sair.
Reuden Lai Tat-cheung, chefe do Tribunal Superior, disse que os manifestantes, descritos como o último movimento “Ocupar” na Ásia, não podem continuar acampados ali sem a permissão do banco.
“Os réus não podem fornecer razão suficiente para continuarem a viver na propriedade de modo que o tribunal decidiu permitir que o requerente retomasse o imóvel”, disse ele ao jornal The Standard de Hong Kong.
Os manifestantes começaram a acampar lá em outubro passado por volta da mesma época do movimento Ocupar Wall Street em Nova York e quando movimentos de protesto semelhantes ganhavam força.
Um porta-voz do HSBC disse à publicação que o banco dá as boas vindas “a decisão do tribunal e espera que os ocupantes acatem os termos da ordem judicial”.
O manifestante Mui Kai-ming disse que lutará contra a ordem do juiz.
Outro participante, Ho Yiu-sing, disse que ficará até o momento final em 27 de agosto, quando o grupo será obrigado a deixar o local. “Eu quero ser o último ocupante a deixar o local”, disse Ho conforme citado.
A ocupante Wong Wan-sze disse que não sairá a menos que funcionários do banco a removam à força. “Não tenho nenhum plano de deixar o local mesmo que o tribunal tenha proferido a decisão”, disse ela. “Eu não tenho medo de ser acusada de desobedecer ao tribunal.”
Há apenas cerca de 10 ativistas participando no protesto.
O ativista Nin Chan também não deixará o local. “Nós ainda estaremos aqui no dia 27. Vamos esperar por eles, antecipando-os no dia 27”, disse Nin ao Channel News Asia.
Os manifestantes alegaram que estão acampados em propriedade pública e não deveriam ser forçados a sair.