Três milhões de pessoas podem ficar sem receber alimentos devido ao aumento da violência na Síria

31/07/2013 11:01 Atualizado: 31/07/2013 11:01
No campo de refugiados de Zaatari, a Organização Salve as Crianças, parceira do PMA, ajuda refugiados sírios a levarem suas rações de comida para casa (Dina Elkassaby/PMA)

O Programa Mundial de Alimentos das Nações Unidas (PMA) alertou, nesta terça-feira (30), para a possibilidade de não conseguir ajudar 3 milhões de pessoas no interior da Síria durante este mês, devido ao aumento da fiscalização e da violência em diversas regiões do país.

“Mais áreas estão ficando inacessíveis devido ao aumento dos conflitos”, disse a porta-voz do PMA, Elisabeth Byrs, a jornalistas em Genebra, acrescentando que a agência também está tendo dificuldades de chegar a partes do Al Hasakeh, no nordeste do país. A situação no distrito de Waa’er, em Homs, onde quase 300 mil pessoas que foram deslocadas internamente se refugiaram, ainda está tensa, afirmou Byrs, mas o PMA conseguiu distribuir as rações alimentares para julho através de parceiros. No entanto, ainda há 400 mil pessoas em Idlib e 1,2 milhão em locais de difícil acesso na zona rural de Damasco correndo o risco de não terem o que comer nos próximos dias.

O PMA está monitorando a situação e um potencial deslocamento da população para atender suas necessidades básicas imediatas, mas os recursos estão se esgotando. Byrs disse que o PMA precisa de 763 milhões dólares para ajudar sete milhões de sírios até o final do ano.

Desde que o conflito entre o governo sírio e grupos da oposição – que buscam derrubar o presidente Bashar Al-Assad – começou em março de 2011, cerca de 100 mil pessoas foram mortas, quase 2 milhões fugiram para países vizinhos e mais de 4 milhões de pessoas estão deslocadas internamente.

Esta matéria foi originalmente publicada pela ONU Brasil.

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