Três mil pedem o fim da perseguição ao Falun Gong na China

28/10/2013 15:00 Atualizado: 07/11/2013 21:19

Uma multidão de diversas partes do mundo, estimada em cerca de 3 mil pelos organizadores, reuniu-se em Long Beach, Los Angeles, em 20 de outubro, para pedir o fim da brutal perseguição do regime chinês à disciplina espiritual do Falun Gong.

A maioria dos participantes era praticante do Falun Gong. Juntaram-se a eles em apoio o congressista norte-americano Dana Rohrabacher, o vice-prefeito da cidade de Long Beach e representantes de direitos humanos. Sobreviventes de tortura também falaram na manifestação, contando suas experiências nos campos de trabalhos forçados chineses.

Dana Rohrabacher, por anos uma figura franca sobre os direitos humanos na China, disse no evento: “Temos a obrigação de lutar por outras pessoas que estão sofrendo sob as botas de ‘tiranos’.”

Ele acrescentou: “Eu vejo que o Falun Gong fala sobre os aspectos da alma humana que nos fazem mais tolerantes e clementes, mas também mais enérgicos para ajudar os outros”, referindo-se aos princípios da verdade, compaixão e tolerância que o Falun Gong ensina.

Wu Yingnian, um representante do Falun Gong, disse que 3.733 praticantes inocentes tiveram suas mortes confirmadas na brutal perseguição do regime comunista chinês, mas certamente há muito mais vítimas, que o estrito controle da informação e o totalitarismo ocultam e dificultam a identificação.

“A razão por trás da perseguição ao Falun Gong é que seus praticantes insistem na liberdade de crença e de expressão”, disse Wu. “É uma perseguição não só ao Falun Gong, mas também ao povo chinês.”

Cerca de uma dezena de praticantes do Falun Gong falaram sobre sua experiência de serem perseguidos na China. Niu Jinping de Pequim foi um deles. Ele disse que foi torturado por mais de 10 policiais de uma só vez, os quais usaram bastões elétricos para eletrocutá-lo por todo o corpo, inclusive em seu ânus. “Meu corpo inteiro queimava”, disse Niu.

Alguns praticantes contaram como foram trancados em hospitais psiquiátricos, declarados insanos e injetados à força com medicamentos desconhecidos; alguns falaram sobre como foram abusados sexualmente e algumas contaram que estavam grávidas e foram forçadas a abortar ou perderam seus bebês devido à tortura. Depois de ouvir essas histórias e se comover, Rohrabacher retornou ao palco outras duas vezes.