Passados alguns dias depois do choque com a vitória roubada do camarada Juan Manuel Santos, o Notalatina faz nova edição comentando aquele fatídico 15 de junho e denúncias feitas pelo ex-presidente Uribe dois dias antes das eleições em sua conta de Twitter. Entretanto, em vez de escrever um texto, preferi traduzir e publicar dois artigos: o primeiro, que dá nome a esta edição, da lavra do ex-presidente e senador eleito Álvaro Uribe, e o segundo do querido amigo Ricardo Puentes Melo. E o faço porque eles dizem tudo, melhor do que eu poderia fazê-lo, sobre o que aconteceu no segundo turno da eleição presidencial na Colômbia. Leiam com atenção e desfrutem, sobretudo o vídeo no final.
A trapaça venceu, denuncia Uribe
Comunicado do ex-presidente Uribe:
Nossa gratidão à doutora Marta Lucía Ramírez e aos milhões de colombianos que acompanharam esta luta.
Em nome da paz, o governo Santos impulsionou a maior corrupção da história caracterizada por abuso de Governo, entrega de somas de dinheiro a parlamentares para compra de votos, oferta de dinheiro do governo a prefeitos e governadores para forçá-los a intervir ilegalmente na campanha em favor do presidente-candidato, compra de votos, violação da Lei de Garantias, propaganda ilegal com dinheiro do Estado em pauta publicitária que coincide com a publicidade do candidato-presidente.
Propaganda ilegal com personagens que cumprem funções públicas, pressões do Executivo para intervenções políticas da justiça, ameaças de massacres e intimidação por parte de grupos terroristas como as FARC e os bandos criminosos aos eleitores de Zuluaga.
Omissão do presidente Santos para se opor a essas ameaças, pressão violenta de grupos terroristas sobre os eleitores para que votassem no presidente-candidato, omissão do presidente Santos para desautorizar a ação terrorista em seu favor.
O Centro Democrático continuará sua tarefa, retomar o trabalho para seguir com sua agenda legislativa e ser fiel a seus princípios.
A Colômbia necessita de um sistema eleitoral diferente, responsável e transparência, e que evite os abusos como os cometidos pelo governo Santos. Devemos nos levantar e nos ater à pedagogia do rodo convertida em política que pretende que a compra de voto seja de instituição nacional. Seremos fiéis às nossas convicções de pátria e não à trampa vencedora.
Adiante, compatriotas!
Ganhou o castro-comunismo
Ricardo Puentes Melo
Não quero acrescentar muito. A fraude estava anunciada, e desde estas páginas dissemos que no primeiro turno se permitiria Zuluaga ganhar, mas que no segundo não haveria maneira de frear a monumental trampa. Entretanto, uma pequena luz de esperança nos iluminou pensando que haveria alguma forma de controlar o que Santos e seus cúmplices terroristas vinham forjando desde há muito tempo em Cuba e Venezuela. Porém não, a epígrafe estava muito clara desde o princípio, tanto que o camarada anunciou – como também o dissemos há meses – que não haveria problema porque ganharia as eleições na Registradoria. E assim foi. Não interessou que a maioria dos colombianos preferissem a justiça à impunidade. Nas regiões a corrupção foi grotesca, se designaram registros, veículos, escoltas, postos e promessas de todos os tamanhos para que a classe política usasse sua influência e o dinheiro público para aceitar a contagem de votos, e conjurar o que não se conseguisse fazer com a compra de consciências.
Tampouco interessaram as denúncias que o Centro Democrático realizou sobre a compra de votos e a participação em política de funcionários públicos. Ao melhor estilo chavista, a justiça deste país tapou tudo como fazem os gatos com suas coisas, e a fraude seguiu adiante até obter os resultados que hoje conhecemos. Pobre Colômbia! A maioria ignora o que nos espera. Porém, dentro de uns poucos meses isto será igual à Venezuela. A ordem castrista continua igual: assassinar Uribe Vélez é prioridade. Se não podem, o encarcerarão. E, também como dissemos desde este portal, lamentavelmente vários da bancada uribista cederão às tentações do governo central e trairão os ideais da segurança democrática. Do mesmo modo como aconteceu no Partido de la U. O Ministério Público Geral da Nação, já sem temor de que o uribismo suba à presidência, se dedicará com toda a sanha a perseguir a oposição. Inventarão processos, fabricarão testemunhas, passaram pela faixa a constituição e a lei. O Ramo Judiciário também fará com mais descaramento o que vem fazendo para beneficiar bandidos como Petro, que estão acima da lei.
O G2 cubano será contratado sem restrições nem vergonha e logo veremos cubanos assessorando em ministérios, Forças Armadas, governos de estados. Os cabeças das FARC entrarão na legalidade, lavarão seus dinheiros mal havidos e seus filhos chegarão a formar parte deste governo depois de terminar seus estudos nas melhores universidades da Europa. Certamente, o terrorismo castrista continuará funcionando sob o mesmo parâmetro. Continuarão operando da mesma maneira: seqüestrando, violando, massacrando… E quando se pergunte aos comandantes desmobilizados, eles dirão que essas são facções “rebeldes” que não se acolheram ao processo de paz e decidiram seguir alçados em armas. Assim sucedeu, e assim continuará sucedendo porque a fórmula do engano da paz lhes funcionou sempre.
Deus queira que Oscar Iván Zuluaga ou Martha Lucía Ramírez não aceitem fazer parte deste governo e se mantenham na oposição. O panorama é deprimente e tenebroso. Permitimos que o castro-comunismo se instaure outros quatro anos no poder. E o terrível é que esses outros quatro anos se converterão em 40. Pobre Colômbia! Nosso compromisso desde esta trincheira de decência continua firme. Seguiremos denunciando, seguiremos desmascarando, seguiremos com nosso compromisso que é esta pátria querida.
Se é que antes não nos silenciam.
Uribe reiterou suas denúncias no Twitter
Essa intervenção foi congruente com as inúmeras denúncias que nos últimos meses o Centro Democrático veio realizando, e que Uribe publicou sem cessar no Twitter, de atentados contra sua atividade política. Este periódico publicou rigorosamente a lista completa de tais atropelos, que estão suficientemente documentados para que não se tome agora o altivo protesto de Uribe como um desabafo pela derrota. Para ratificar o dito, como exemplo, reproduzimos os trinos de Uribe dos dois últimos dias (sábado e domingo), antes do encerramento das votações:
14 de Junho:
“Terrorista FARC ameaça votantes en Montelíbano, Córdoba, que têm que votar em Santos. O PteSantos guarda silêncio.
PteSantos guarda silêncio, é omisso frente a ameaças das FARC e bandos criminosos que obrigam a votar nele.
Prefeito de Cereté reparte mercadorias para comprar votos para Santos. Os guardava no asilo pic.twitter.com/htb5ssHfYH
A esta hora o prefeito de Cereté reparte mercadorias em nome de @JuanManuelSantos quem investiga @YoReportoCo @PGN_COL pic.twitter.com/Aruzr75yF6
Fraude: campanha de Santos tem 3 contas: da campanha, do esbanjamento de publicidade oficial, de dinheiro de compra de votos
Prefeito de Cereté manda repartir mercadorias para comprar votos pic.twitter.com/Re4MXBTjZr
FARC intensifica ameaças a votantes de Zuluaga em Urabá. PteSantos guarda silêncio
FARC exige dinheiro de comerciantes de municípios de Nariño para logística eleitoral de Santos”.
15 de junho:
“Votei com alegria em Zuluaga e com tristeza pelas ameaças do terrorismo
Em B/quilla Ministério Público demorou 18 horas para uma ordem de invasão em um local de imprensa para fabricar formulários E14
SanOnofre, Sucre, compra de votos para Santos, o comprador é Pablo Valiente
Santos: impunidade para as FARC e “artilharia e munição, grana e fraude” para o segundo turno
Santos desceu Humberto de la Calle do pedestal da ilustração à violação da lei eleitoral”.
Graça Salgueiro, estudiosa da estratégia e ações da esquerda latino-americana lideradas pelo Foro de São Paulo no continente, edita o blog Notalatina e tem seus artigos publicados no site argentino La Historia Paralela